one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Educação Sexual nas Escolas

Imagem:

Compartilhar:

Educação sexual e diversidade poderão ser incluídas no currículo escolar

Criado em 17/11/14 10h51
Por Agência Câmara Notícias

Trabalhar a sexualidade de forma interdisciplinar nas escolas, respeitando as diferenças entre as regiões do País e buscando adequar a linguagem ao entendimento dos jovens é o que o governo vem tentando fazer como forma de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) entre adolescentes. O assunto foi discutido na última quinta-feira (13) na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e contou com a participação de representantes do governo e dos médicos.

A audiência foi sugerida pelo deputado Ariosto Holanda (Pros-CE), preocupado com estatísticas que apontam maior incidência de contágio de DST durante a adolescência. Segundo dados do Ministério da Saúde, na faixa etária de 15 a 19 anos, a taxa de detecção de HIV entre os homens é de 6,2 casos para cada 100 mil habitantes e de 5,1 entre as mulheres. A taxa de detecção geral, entre a população brasileira, é de 20 casos para cada 100 mil habitantes.

Leia também:

Maioria dos jovens acha que educação sexual não deve ser ensinada em casa

Educação sexual deve começar aos 10 anos de idade, defende especialista

Na reunião, o chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, Antônio de Moraes Júnior, defendeu a criação de uma disciplina para tratar de sexualidade nas escolas brasileiras.

A sexualidade, disse o médico, inicia-se no nascimento e não tem a ver somente com a atividade sexual, mas o assunto ainda é tabu no Brasil. “Pergunto se seria possível abordar no ensino assuntos como atividade sexual, uso de preservativo, gravidez precoce. Atualmente, ¼ das DST ocorre em pessoas com menos de 25 anos de idade. Dos pacientes com HIV, 2/3 foram contaminados ainda na adolescência”, observou.

Direito social

A diretora de Currículo e Educação Integral da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Clarice Salete Traversini, observou que o Brasil trata saúde como direitos sociais e que vem desenvolvendo metodologias, principalmente na educação integral, para que os jovens transformem a informação em cuidado consigo mesmo. Segundo Clarice, atualmente três mil escolas abordam o assunto em oficinas no turno contrário.

A partir de 2015, o tema sexualidade também será discutido em consulta pública sobre a base nacional comum curricular. O MEC quer saber quais conhecimentos incluir no currículo, se educação sexual ou se diversidade, por exemplo. Clarice Traversini explicou que a diretriz central será a valorização humana, para que não se caia na área do preconceito e os jovens se sintam pouco à vontade de discutir o assunto.

“Nós temos uma juventude que não é a mesma de anos atrás. Ela tem muito mais informação e muito mais contato com diversos mundos mais cedo”, disse a diretora. Daí a necessidade de rever metodologias e a forma de comunicação com os jovens.

Redes sociais

A diretora-adjunta do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, disse que as ações entre as áreas de saúde e de educação devem ser integradas. O ministério, segundo ela, vem buscando adaptar sua linguagem para atingir os jovens também nas redes sociais.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 49% dos jovens 15 a 24 anos têm conhecimento correto sobre a forma de transmissão e prevenção do HIV especificamente. Entre a população geral, essa taxa é de 54,2%.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário