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Publicidade infantil merece cuidado dos pais
Criado em 23/07/12 16h59
e atualizado em 17/11/14 09h41
Por Mariana Martins
Fonte:Com informações do Instituto Alana
Você já parou para pensar como o comportamento dos seus filhos é influenciado pela mídia? Quantas vezes uma sandália deixou de ser uma sandália para ser a sandália daquele ou daquela personagem dos desenhos animados? O tênis, o chocolate, o biscoito, a roupa, a bota... todos deixam de ser o objeto em si e passam a ter um adjetivo. É o tênis do desenho tal , é o chocolate do desenho tal que dá poderes mágicos, é sempre alguma coisa de alguém que faz algo muito diferente e que... tem que ser comprado.
Quem é pai ou mãe e nunca viu um “eu quero isso” logo após um desenho animado ou uma publicidade? A situação dos pais não é nada cômoda. A televisão é uma mídia muito forte e muito presente na vida das crianças, muitas vezes mais presente do que os pais e mães que precisam trabalhar o dia todo ou boa parte do dia. De acordo con o Painel Nacional de Televisores do Ibope 2007, as crianças brasileiras que estão em idades entre quatro e onze anos de idade passam em média quase 5 horas diárias em frente a TV. A televisão é o veículo mais presente na casa dos brasileiros, chegando a 97% dos lares, seguida da Internet, presente em 56% dos lares e do rádio em 52%.
O Instituto Alana realizou em 2008 em parceria com a Maria Faria Produções e com direção de Estela Renner, o documentário Criança a Alma do Negócio. Apesar de ter sido feito em 2008, o documentário é atual e merece ser assistido por pais e educadore. De acordo com descrição dos próprios realizadores o documentário reflete sobre as questões do consumo na infância e mostra como no Brasil a criança se tornou a “alma do negócio” para a publicidade. “A indústria descobriu que é mais fácil convencer uma criança do que um adulto, então, as crianças são bombardeadas por propagandas que estimulam o consumo e que falam diretamente com elas. O resultado disso é devastador: crianças que, aos cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes”, apresenta a página do documentário.
Assista ao documentário na íntegra
*Com informações da pesquisa Mídia e Infância. O impacto da exposição de crianças e adolescente a cenas de sexo e violência na TV, realizada pela ONG Andi, Comunicação e Direitos e pelo Coletivo Intervozes e do Instituto Alana.
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