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Pequenos artistas se encantam com a tinta

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Como estimular a criatividade das crianças?

Criado em 27/08/12 11h51 e atualizado em 26/11/14 10h24
Por Adriana Franzin Fonte: The Science of Parenting – Margot Sunderland, 2008

Criança pintando quadro
Pequenos artistas se encantam com a tinta (Jim Pennucci / CC)

De acordo com a psicóloga e psicoterapeuta infantil Margot Sunderland, a brincadeira é a principal forma de desenvolvimento da curiosidade, da motivação e do impulso exploratório das crianças. A pesquisadora inglesa reuniu os argumentos sobre a importância de brincar no livro “The Science of Parenting”, de 2008.

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Segundo ela, experiências interessantes ajudam a ativar energicamente o “sistema de busca”, que  dá base à capacidade criativa. Essas habilidades ajudam a criança a se relacionar bem com as pessoas, a conhecer lugares, se aventurar sem inseguranças e a superar obstáculos com determinação. As crianças que permanecem paradas, estáticas por muito tempo, não têm o seu sistema de busca ativado.

Mas como ativar o sistema de buscas?

Oferecer ambientes ricos em estímulos para a brincadeira exploratória e criativa - Lugares para explorar, amigos e brinquedos criativos e imaginativos. Não é preciso gastar dinheiro. Brincar com água no jardim pode ser suficiente para estimular a uma criança pequena. Um estudo recente com um grupo de ratos mostrou que um entorno rico de tubos para subir, rodas para correr, alimentos variados e muitos contatos sociais provocaram um aumento de cinquenta mil neurônios a mais em cada lado do hipocampo (um dos mais importantes centros cerebrais para a memória e o aprendizado), em apenas dois meses de experiência.

Fugir da rotina – Fazer sempre as mesmas coisas torna o cérebro preguiçoso. É preciso despertar a imaginação. Brincar bastante com outras crianças em vez de confiar o entretenimento à tv. Pode ser necessário que os pais ajudem a começar a brincadeira. Mas depois que ensinar como brincar com novos objetos, o sistema de busca será ativado e é preciso deixar que a criança explore sozinha o caminho.

Construir uma casinha - Com cadeiras e lençóis e encher de brinquedos.

Ajudar a criança a pegar e brincar com objetos da natureza - Folhas, flores, areia e água. Brincar na chuva.

Construir um mundo de fantasia - Usando coisas como carrinhos de brinquedo, uma bacia que sirva de barco e um regador para simular a chuva.

Passear no campo – Permitir que se suje com terra, na água e na grama. Construir um dique em um córrego, fazer uma ponte com pedras ou construir barquinhos de folhas e gravetos.

Escolher os brinquedos certos - Alguns brinquedos ativam fortemente o sistema de busca das crianças porque captam sua imaginação e abrem as portas da brincadeira. Isso permite que a criança desenvolva uma ideia livremente.

Ir a lugares que estimulem a imaginação - Zoológico, uma loja de doces, um circo ou uma casa de bonecas. Nesses lugares começam a “acontecer” coisas que estimulam o desenvolvimento de ideias criativas.

Proporcionar atividades artísticas – É preciso deixar a criança experimentar em vez de insistir que desenhe uma figura determinada. Apesar dos livrinhos de colorir serem divertidos, não deixam livre a imaginação, como fazem as atividades artísticas espontâneas.

Margot Sunderland adverte os pais para evitar tomar as rédeas da brincadeira. O ideal é segui-los em vez de conduzi-los.

Segundo ela, o esforço em ativar o sistema de busca de uma criança em idade pré-escolar sedimenta uma importante capacidade de exploração, dedicação, curiosidade e fé em si mesmo. E é assim que se criam o amor pelo conhecimento e a vontade de aprender.

A autora cita ainda no livro que alguns centros escolares da Finlândia começam a ensinar a ler muito mais tarde que em muitos países do resto da Europa, dando aos alunos mais tempo para aprender com  jogos. As crianças ficam atrasadas na iniciação à leitura em comparação com alunos da mesma idade do resto da Europa, mas quando chegam à adolescência ultrapassam em muito o nível de conhecimento. Isso, defende Sunderland, deve-se aos anos extra de brincadeira livre e exploradora, que conduz a um sistema de busca mais ativo e resulta num apetite maior de conhecimento.

Texto produzido com base no artigo sobre o livro The Science of Parenting – Margot Sunderland, 2008 - Tradução: Bel Kock-Allaman, publicado na comunidade Soluções para noites sem choro, Grupo de apoio à famílias usuárias do LIVRO “Soluções para noites sem choro” (original inglês The no-cry sleep solution) de Elizabeth Pantley - Facebook

Creative Commons - CC BY 3.0

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