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Ações em áreas públicas de Brasília marcam o Dia Internacional da Doação de Livros
Criado em 14/02/13 12h13
e atualizado em 15/02/13 09h15
Por Adriana Franzin/EBC
Um livro perdido? Não. Achado. Quem encontrar por aí um livro deixado em uma parada de ônibus, em um orelhão, em um parque ou numa padaria vai saber que ele não foi simplesmente esquecido. O lembrete da etiqueta, ou da dedicatória escrita a mão, vai deixar claro que ele foi colocado ali de propósito por alguém que acredita na capacidade enriquecedora que as palavras têm de mudar o mundo, principalmente na imaginação das crianças.
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A proposta do International Book Giving Day não é inédita. Ao contrário, é bem popular aqui e em outros cantos do mundo, mas não é incorporada aos hábitos de leitura dos brasileiros que, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada em março do ano passado pelo Instituto Pró-Livro, leem, em média, quatro livros por ano.
Por isso, as organizadoras da ideia em Brasília fizeram questão de celebrar a data com eventos espalhados pela cidade. O objetivo não é só promover a leitura, mas provocar o desapego com a doação dos livros e o espírito da partilha e da solidariedade.
Ouça a reportagem veiculada na Radioagência nacional:
"Não adianta doar um livro velho, rasgado ou que você não gostou. Temos que dividir o que é bom", explicou a professora e contadora de histórias Silvana Seidler, também organizadora do evento. Ela escreve no blog Cuca de Gente Miúda, sobre recomendações de literatura infantil.
Segundo Raquel Fuzaro, do coletivo Infância Livre de Consumismo a ideia é levar livros para um maior número de crianças: "Que a leitura transforma, todos sabemos. Que nem todos têm acesso aos livros, também. Então, fica a proposta: pegue aqueles livros que estão encostados e deixe-os em algum local público para serem encontrados por uma criança".
A programação na capital começou cedinho, às 8h30, no Parque da Cidade, um espaço de brincadeiras, ao ar livre, que se tornou palco de contação de histórias e local de recepção das doações. Depois, as organizadoras colaram as etiquetas do projeto nos livros e saíram espalhando pelo parque, nos orelhões, nos bancos, nos bebedores.
Às 15h, o encontro vai ser na Vila Planalto, em frente à Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, onde também haverá contação de histórias, música e livros propositalmente abandonados. No fim da tarde, 17h, as recepções e doações vão ser feitas na Rodoviária do Plano Piloto.
A ideia é que o projeto não se prenda ao dia de hoje, mas se torne um costume das pessoas, de partilhar boas histórias. Quem explica é Alessandra Roscoe, jornalista, escritora, coordenadora do Uni duni Ler - Clube de Leitura para Bebês e do evento em Brasília.
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