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Menina brincando

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Músicas tradicionais da infância são a base da cultura nacional, diz pesquisadora

Criado em 21/05/13 11h56 e atualizado em 22/05/13 11h59
Por Adriana Franzin Fonte:Portal EBC

Menina brincando
(Enrico Strocchi/Creative Commons)
 

O brincar e as músicas do brincar são, segundo Lydia Hortélio, a origem da formação da identidade do ser humano e da cultura nacional. Uma riqueza de conteúdo que, de acordo com ela, escorre pelas mãos dos adultos que estão “perdidos” diante das manifestações sonoras dos pequenos.

A etnomusicóloga e educadora é uma das maiores especialistas em cultura da criança no Brasil, e participou, hoje, do I Seminário Comunicação, Infância e Adolescência. Na apresentação, entoou cantigas que refletem várias marcas das culturas regionais e da pureza infantil.

“Na música da infância está desenhada a música brasileira”, afirmou. Depois de ter transcrito centenas de cantigas, analisando as formas, as métricas e as letras, a pesquisadora constatou que elas possuem o “nascedouro da cultura brasileira” .

“Há um manancial extraordinário de recuperação da nacionalidade – no sentido mais profundo e humano que pode ter – nas cantigas infantis”, salientou. De acordo com Lydia, é no brincar e no cantar que estão os subsídios para a compreensão da própria identidade. “É aí que eu vou encontrar recursos para desvendar os segredos do meu ser e (do) que há em cada um”.

Segundo a educadora, a formação acadêmica não é suficiente para embasar a identificação dessa cultura. “Não é lendo livros sobre a psicologia da aprendizagem, sobre lúdico, (que se aprende). É olhando menino que chegamos à conclusão de que existe uma cultura da criança, que se forma no livre exercício da infância. Ou seja, da interação entre as crianças, menino com menino na natureza, e não na televisão ou na internet”, ressaltou.

Ela advertiu aos pais e aos adultos, que de uma forma geral têm costume de manter as crianças quietas, em silêncio, pelo maior período de tempo possível, que esta atitude prejudica o desenvolvimento: “O que menino mais quer, mais sabe, mais pode é brincar, e nós temos um exército enorme para impedir isso. É preciso que a gente chegue à frente para favorecer o exercício de ser criança”, concluiu.

Creative Commons - CC BY 3.0 -
Creative Commons - CC BY 3.0

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