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O contato físico com a mãe faz com que a criança se sinta segura

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O que é maternagem?

Criado em 02/08/13 10h28 e atualizado em 05/08/13 10h43
Por Bruna Ramos Fonte:Portal EBC

Maternagem
O contato físico com a mãe faz com que a criança se sinta segura (Leoferr / CC)

Criar um filho é sempre um grande desafio. Ao instinto maternal, somam-se os palpites dos espectadores, as informações de livros, os textos da internet e os conselhos do pediatra. De cada uma destas fontes, um ponto de vista. E agora? Como proceder?

Cada vez mais mães têm se interessado e aderido à maternagem como forma de criação. O termo, segundo a pediatra Thelma B. de Oliveira,  corresponde ao processo de criação que gira em torno da mãe. “Para vencer o desamparo que é nascer, o bebê necessita do braço, do peito, do calor e dos batimentos do coração da mãe”, defende a médica, autora dos livros Pediatria Radical e O Livro da Maternagem.

Estudiosa do tema desde o início de sua carreira, Thelma está sempre envolvida em projetos que estimulem a presença das mães o máximo possível na vida de seus filhos. Pode-se dizer que o princípio fundamental da maternagem é o toque: na amamentação, no ninar, no confortar durante o choro. “O ideal é que a criança tenha de 9 meses a um ano de contato visceral com a mãe”, apregoa Thelma. Segundo ela, o colo, o contato e o consolo são essenciais na formação de uma criança.

As reivindicações da maternagem têm explicação. Segundo psicólogos, a criança de até três anos não tem consciência de si, está sempre à procura de um contato físico ou visual de seus pais ou cuidadores. E, principalmente, neste período, o amparo é absolutamente indispensável. “As crianças privadas de convivência com a mãe choram mais, têm cólicas mais intensas, e correm mais risco de desenvolver síndrome do pânico”, enumera Thelma, que acompanha estudos e casos sobre o tema.

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O toque é o principal canal de comunicação entre os pais e os bebês (Freelight046 / CC)

Em 2005, ela criou a comunidade Pediatria Radical no Orkut, onde se apresenta como Dra. Relva. “Eu comecei como um monólogo, sozinha. Mas rapidamente pessoas entraram em sintonia com o que eu dizia e, hoje, nosso grupo conta com mais de 15 mil pessoas”, relembra. O nome da comunidade foi escolhido por ser instigante e nada tem a nada tem a ver com uma postura muito rígida. “Radical está ligado a raiz. E a raiz da criação é a mãe”, esclarece a pediatra.

Andrea Cristina Mascarenhas Nascimento dos Santos, é membro do grupo criado por Dra. Relva. A descoberta da comunidade significou a descoberta de um novo modo de ser mãe. Assinando um texto na apresentação do Livro da Maternagem, ela define sua experiência: “Aprendi sobre a importância do amor, do cuidado e do toque afetuoso na formação da personalidade da criança; que cuidar é muito mais que alimentar, vestir e proteger das doenças e perigos”.

No entanto, na opinião da psicóloga Ângela Maria Cristina Uchoa de Abreu Branco, é preciso ter bom senso: “Se a mãe resolve ter mais contato de natureza afetiva com a criança é muito bom. Mas ficar só agarrada a ela o tempo inteiro pode não desenvolver a independência”. E completa: “Radicalismo traz resultados enviezados”. Ao que Thelma de Oliveira não discorda: “Mãe também precisa ter a vida dela. Mas, se precisar sair, que deixe um rastro, como um paninho com seu cheiro, e diga à criança (ainda que ela não entenda) que vai voltar logo”.

Creative Commons - CC BY 3.0

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