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A Soperj colocará à disposição do público, no período de 1º a 7 de agosto, o número (21) 9981- 5866 para tirar dúvidas sobre amamentação.

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Nutricionista tira dúvidas quando à amamentação prolongada

Criado em 06/09/13 13h26 e atualizado em 09/09/13 11h41
Por Noelle Oliveira Fonte:Portal EBC

A OMS alerta que o aleitamento materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e crianças pequenas
O leite materno deve ser oferecido até, pelo menos, dois anos completos de vida (Secretaria Estadual da Saúde / saude.rs.gov.br)

Até quando amamentar e quais são as preocupaçãoes com esse período da vida do bebê estão entre os temas discutidos em inúmeras pesquisas e papos de mães. Por mais esclarecidas que sejam as mamães, ainda há dúvidas e até mesmo mitos sobre o assunto. Tanto é que muitas mulheres recorrem a serviços de consultoria em amamentação, não apenas para entender melhor essa etapa da vida materna, como para adquirir conhecimentos, sejam eles práticos – como a melhor posição para amamentar o bebê, ou como enfrentar as dores ao amamentar – ou até mesmo informações mais específicas, como uma dieta balanceada para garantir que a criança e a mãe aproveitem ao máximo os benefícios do aleitamento materno.

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As dúvidas são ainda maiores quando as mães optam por prolongar o período de amamentação dos filhos. De acordo com recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), o leite materno deve ser oferecido até, pelo menos, dois anos completos de vida. Muitas mães, no entanto, tem optado por manter o leite materno como parte da dieta de crianças que ultrapassam essa faixa etária.

A nutricionista Rosane Baldissera, consultora em amamentação em Porto Alegre, revela que 90% de suas pacientes são mães de primeira viagem que apresentam alguma dificuldade na amamentação. “Fissuras, dores para amamentar, baixa produção de leite, bebês que iniciaram muito cedo com complemento por alguma instrução equivocada, são queixas recorrentes que acabam deixando muitas mães inseguras”, explica. E acrescenta que não há nada que impeça a mãe de amamentar seu filho após os dois anos, desde que o leite materno faça parte de uma dieta alimentar equilibrada e que exista uma relação saudável entre mãe e filho. "O desmame deve ser consciente e natural, ou seja, quando a mãe decide juntamente com o bebê. Os dois sabem exatamente o momento de parar", defende. 

Para auxiliar as mães, o Portal EBC listou alguma das principais dúvidas para serem respondidas pela consultora. Confira:

Quais as vantagens e desvantagens da amamentação prolongada?

Hoje se trabalha com desmame natural, o indicado é que as crianças mamem até 2 anos ou mais. Claro que cada mãe e cada bebê decidem juntos a hora de parar. A amamentação deve ser exclusiva até os seis meses. A partir daí,  começa-se a introduzir à dieta os alimentos. Mas, se a criança mamar mais do que comer, passa a ser um perigo. Nessa etapa, o leite materno já não supre mais todas as necessidades, principalmente de ferro. Nesse caso, é preciso intervir. Mantidos esses cuidados, não há uma idade em que amamentar se torne desaconselhável. Se a criança está com três anos, mama, e tem uma relação saudável com a mãe, tudo bem. Agora, em alguns casos, notamos uma dependência que ultrapassa o recomendável, mães mais dependentes da amamentação que a própria criança, aí indicamos um acompanhamento com psicólogos.

Amamentar enfraquece a mulher?

Não enfraquece, desde que a mãe se alimente adequadamente assim como qualquer pessoa. Durante o período de amamentação, a mãe tem uma necessidade extra de 500 calorias. Essa necessidade, na maioria das vezes, já é suprida na dieta comum, já que quase sempre consumimos mais do que precisamos. O que pode acontecer é o período de amamentação exigir mais dedicação, mais tempo, da mulher. São de 30 minutos à 1 hora a cada mamada do bebê. Mas não há desgaste em termos de organismo. Durante a amamentação, assim como em qualquer outra fase da vida, deve-se dar prioridade a alimentos os mais naturais possíveis, menos industrializados, e uma dieta balanceada. O acompanhamento nutricional é recomendado.

Existe leite fraco?

Não existe leite fraco, esse é um dos mitos da amamentação. O leite é adequado ao bebê, é o alimento mais indicado. O que pode existir é um erro, uma inadequação, na técnica de amamentação. O recomendado hoje é a livre demanda durante a mamada. A criança mama até ela mesma parar. O leite do início da mamada tem mais proteínas, já o do final é mais gorduroso e vai saciar mais o bebê. O bebê que mama no peito tende a mamar mais vezes seguidas e muitos pensam que isso é ruim. Na verdade é o contrário. O leite materno é tão bom que o organismo da criança o absorve rapidamente, como se fosse uma refeição leve. Já no caso das fórmulas infantis, o bebê precisa de mais tempo para digerir.

É possível amamentar durante uma nova gestação?

Sim, as mães devem continuar amamentando. Só há restrições em casos de risco de aborto ou de parto prematuro. Quando o novo bebê nascer, no entanto, o sabor do leite será modificado, então existem crianças que passam a não aceitar mais o leite, outras continuam mamando sem problemas.

A mãe que amamenta pode consumir bebidas alcoólicas em alguma quantidade?

O álcool é uma das sustâncias contraindicadas, assim como outras drogas lícitas e também ilícitas. Se a mãe beber apenas uma taça de vinho, em cerca de 2 horas ou 3 horas sabemos que o álcool já estará eliminado de seu organismo. Mas, como esse controle é difícil, o recomendado é não consumir.

O que não pode faltar na dieta de uma mãe que está amamentado?

A alimentação é igual em todas as fases da vida. A mãe precisa se preocupar bastante com a hidratação. Não há nenhuma pesquisa que comprove que determinados alimentos aumentem a quantidade de leite produzido, ou algo do tipo. A única relação com alimentos que vem sendo estudada e já apresenta resultados mais próximos da comprovação, são os estudos dos ácidos graxos (ômega 3 e ômega 6). Nesse caso, consumir alimentos como peixes e frutos do mar aumentaria a concentração desses componentes no leite materno. Mesmo nesse último caso, ainda trata-se de um estudo.

Por que amamentar é essencial?

Nas fórmulas infantis nós encontramos proteínas, gorduras, vitaminas e minerais. Mas, no leite materno, além disso, temos mais. O leite materno é o sangue da mãe sem os glóbulos vermelhos, ele contém hormônios, imunoglobulinas, células de defesa para o bebê, fatores de proteção, o que é essencial.

Pode-se introduzir alimentos na dieta do bebê antes dos seis meses de idade?

Não. Se a mãe tem que voltar a trabalhar, devido ao fim da licença maternidade, o ideal é retirar o leito materno durante o trabalho, conservar na geladeira e levar para casa para ser utilizado no dia seguinte.Outra opção, é o aleitamento misto, composto de leite materno e fórmula infantil. Apenas no sexto mês a criança vai adquirir as habilidades físicas, como sentar e deglutir, para consumir outros alimentos.

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