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Medicamento para hiperatividade

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Ritalina é altamente benéfica quando bem indicada, diz neuropediatra

Criado em 29/01/14 15h12 e atualizado em 29/01/14 15h25
Por Adriana Franzin Fonte:EBC

Quando indicado corretamente, o metilfenidato, conhecido pelo nome comercial de Ritalina, ajuda a melhorar a concentração e o poder de memorização, a curto prazo. A médio prazo, facilita as funções executivas, como poder de abstração, noção espaço-temporal, capacidade de planejamento, organização e iniciativa.

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A longo prazo, de acordo com o neuropediatra e professor da Universidade de Brasília Carlos Aucélio Nogueira, ele atua na plasticidade cerebral, que é a capacidade do cérebro de mudar a sua forma de funcionar.

No caso das pessoas que sofrem com o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, chamado de TDAH, o medicamento age no cérebro estimulando neurotransmissores que têm deficiência ou são produzidos em baixa quantidade chamados de dopamina e noradrenalina. Os sintomas mais clássicos são a irritabilidade, dificuldade de concentração, agitação e impulsividade.

Ouça a entrevista com o professor Carlos Aucélio: 

Creative Commons - CC BY 3.0 -

A incidência, segundo o professor Carlos, vem subindo em todo o mundo nas últimas décadas e atualmente varia de 6 a 8% das crianças em idade escolar. Esse crescimento, contudo, não acompanha o aumento exponencial da venda do medicamento no país (Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos, de 2000 a 2008, a venda de caixas de metilfenidato saltou de 71 mil para 1.147.000, um aumento de e 1.615%) e, por isso, virou alvo de críticas de especialistas ligados a pediatria e à educação.

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Para o neuropediatra, a falta de informação é a principal causa do preconceito. “A medicação é benéfica desde que bem usada e bem indicada. Mas não é qualquer caso que precisa de medicação. Tem várias situações clínicas que confundem, parecem ser déficit de atenção, mas não é. É esse cuidado que a gente deve ter”, explica.

“Ás vezes, a gente leva um ano para fechar o diagnóstico porque é preciso acompanhar o desenvolvimento da criança. A gente não pode esquecer que a criança tem o cérebro em desenvolvimento, em formação e, em determinadas fases, a criança pode apresentar uma sintomatologia de déficit de atenção, mas não é”, alerta. Segundo ele, por conta da própria natureza impulsiva das crianças, é difícil confirmar o TDAH antes dos 12 anos de idade.

E mesmo com a confirmação do diagnóstico, nem sempre a medicação é indicada: “Tem crianças que não têm necessidade de medicação e aí a gente deixa a natureza agir para superar essas limitações. Mas para outras, quando o caso é severo, a gente aconselha a família a usar”.

No caso oposto, de crianças que não precisam, mas usam o medicamento, os prejuízos podem ser graves, levando, inclusive, a fazer com que os neurônios entrem em um processo de desintegração mais rápido que o normal, o que faz com que percam a sua função, segundo o neuropediatra.

Creative Commons - CC BY 3.0

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