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O parto na água se popularizou na década de 90

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Parto natural: o que é importante saber?

Criado em 28/11/14 11h14 e atualizado em 28/11/14 11h15
Por Papo de Mãe

Parto na água
O parto na água é uma opção natural (Hobomama/CC)

Em vez de anestesias e hormônios sintéticos, banhos, massagens e apoio psicológico. Quem opta por passar o trabalho de parto sem intervenções geralmente tem consciência desses procedimentos e quer evitar seus efeitos colaterais. A equipe do programa Papo de Mãe levantou alguns dados importantes sobre o assunto:

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• Segundo a Organização Mundial de Saúde, o parto natural é 3 vezes mais seguro para mãe e para o bebê. A pesquisa feita com 107 mil mulheres, todas da Ásia, identificou que quando a criança nasce por cesárea sem indicação, a mortalidade da mãe, a necessidade de fazer transfusão de sangue e o encaminhamento dos bebês após o nascimento para unidade de terapia intensiva são 2,7 vezes mais frequentes.

• No Brasil, o Ministério da Saúde lançou uma campanha de incentivo ao parto normal a fim de evitar partos de cesariana desnecessários. Para se ter uma idéia, a cesárea já representa 43% dos partos realizados no Brasil no setor público e no privado. Nos planos de saúde, esse percentual é ainda maior, chegando a 80%. Porém, de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde, as cirurgias deveriam corresponder, no máximo, a 15% dos partos.

• O Ministério da Saúde incentiva a presença de doulas voluntárias nas maternidades públicas. A Organização Mundial de Saúde também reconhece a enorme contribuição da presença da doula na hora do parto. A título de curiosidade, a palavra doula vem do grego e significa “mulher que serve”.

• A figura do obstetriz também é fundamental, pois os profissionais são formados especialmente para o atendimento à gestante. A USP é a única universidade do país que oferece o curso de obstetrícia. Depois de ficar 33 anos fechado, o curso superior foi reaberto em 2005, mas a falta de reconhecimento do profissional obstetriz pelo Conselho Federal de Enfermagem, que deveria certificar os formados, pode suspender o curso novamente.

• Infelizmente, a dor de parto é, muitas vezes, ironizada nas maternidades brasileiras. Uma pesquisa mostrou que 23% das mulheres sentiram-se humilhadas na hora de dar à luz. O estudo feito pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o Sesc, entrevistou 2.365 mulheres em todo o Brasil. 15% das grávidas ouviram a frase “não chora não que no ano que vem você está aqui de novo”; 14% das gestantes escutaram “na hora de fazer não chorou, não chamou a mamãe, por que está chorando agora?”; 6% delas ouviram ainda “se gritar, eu paro o que estou fazendo, não vou te atender.”

• De acordo com o Ministério da Saúde, as Casas de Parto são apenas para gestantes de baixo risco. A presença do médico não é obrigatória, mas a mulher não pode ter pressão alta, diabetes, nem gestação gemelar, por exemplo. É preciso ter um número mínimo de consultas pré-natal para determinar o risco do parto. Além disto, toda casa de parto precisa ter uma ambulância com motorista disponível, o tempo todo. Hoje, há pouco mais de dez casas de parto ou centros de parto normal no país, criadas pelo Ministério da Saúde em 1999.

• Um estudo publicado pelo “British Medical Journal” acompanhou 5.418 nascimentos domiciliares monitorados por parteiras nos Estados Unidos. A conclusão foi que, para mães saudáveis, as chances de um parto seguro são as mesmas em um hospital ou em casa. Do total de grávidas acompanhadas, apenas 3,4% foram transferidas para hospitais.

• Uma dica interessante para quem quiser conferir é o documentário “Hanami, o florescer da vida.” O filme, que é distribuído de graça, retrata a atuação de um grupo de enfermeiras obstetras que dedicam suas vidas a apoiar gestantes no nascimento de seus filhos em um ambiente humano e acolhedor.

Assista aqui:

Creative Commons - CC BY 3.0 -
Creative Commons - CC BY 3.0

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