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Alimentação complementar: entenda as fases da relação entre o bebê e a comida

Criado em 26/02/15 11h17 e atualizado em 26/02/15 11h30
Por Pediatra Orienta Fonte: Sociedade de Pediatria de São Paulo

A recomendação da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde é a oferta de aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses de vida da criança. Após esse período, inicia-se a alimentação complementar, implementando nutrientes necessários para o bom desenvolvimento infantil, como ferro, zinco e vitaminas.

Dr. Rubens Feferbaum, vice-presidente do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), destaca a relevância da escolha dos alimentos para o bebê, desde a hora das compras até o modo de preparo. “Prefira sempre os mais frescos possíveis, observando, no momento da compra, como estão armazenados”.

O pediatra ressalta ainda que a higienização em casa deve ser cuidadosa, lavando tudo o que oferecer para a criança, mesmo se cozido posteriormente. Em relação aos temperos, optar pelos naturais, como salsinha, cebolinha e um pouco de óleo vegetal. O sal, se usar, em doses mínimas. O ideal é aproveitar o sabor natural de cada item.

Uma criança com uma alimentação variada, balanceada em proteínas, gordura e carboidratos, rica em micronutrientes, vitaminas e minerais se desenvolve melhor. “Nos primeiros meses de vida, é essencial a manutenção de uma oferta balanceada, para a criança — e também para a mãe! — para o crescimento e desenvolvimento cognitivo adequados”, explica Feferbaum. A boa dieta do bebê auxilia na formação da resistência a doenças, uma vez que possui interação com o intestino e estimula a instalação de uma microbiota saudável. Além disso, as vitaminas que a criança adquire pela comida têm relação direta com a imunidade.

“Chamamos de alimentação complementar aquela realizada em conjunto com a amamentação, normalmente após os seis meses de vida. No entanto, é importante destacar a alimentação nos primeiros 1.000 dias de vida, que é o período compreendido entre a gestação (280 dias) e os 2 primeiros anos (720). Por essa razão, a nutrição e alimentação da gestante também merecem atenção, assim como o preparo para o aleitamento. O acompanhamento com o pediatra para orientação da nutrição adequada da criança em todas as fases da vida é outro fator fundamental”, destaca.

A seguir, confira como as dicas de introdução alimentar de acordo com cada faixa etária da criança:

De seis a nove meses

Com o amadurecimento do intestino e do organismo, aos poucos é possível introduzir as comidas, sempre respeitando o tempo de aceitação de cada bebê. Geralmente, papa de legumes e grutas amassadas em forma natural são as primeiras novidades. Aos poucos, o paladar se acostuma aos novos sabores. Entretanto, é importante apresentar um alimento por vez e aguardar alguns dias para algo novo ou até para misturar. Dessa forma, é possível verificar a aceitação do organismo, reações alérgicas, dores de barriga ou diarreia. Os legumes, as verduras e as carnes são acrescentadas a partir do 6º mês somente no almoço, já no “jantar” somente a partir do 7º mês. A consistência dos alimentos deve evoluir, para incentivar os movimentos de mastigação aos alimentos mais sólidos e não apenas líquidos e pastas. É importante explorar a variedadepara uma boa aceitação dos próximos alimentos. O leite ainda é essencial para o bebe, de preferência o materno. A Organização Mundial da Saúde preconiza o aleitamento materno até os dois anos de vida. Caso o bebê tome fórmula infantil, nessa faixa etária a aceitação média é de 500 a 700 ml por dia. Vale ressaltar que só pode introduzir o leite de vaca após 1 ano de idade, desde que haja dificuldades na manutenção de uma formula infantil adequada para a idade.

De nove meses a um ano

Os alimentos sólidos devem compor uma parcela significativa da dieta nessa idade. Já começam a surgir mais dentes, facilitando a mastigação dos pedaços de comida. Agora o bebê tenta comer sozinho, por volta dos 9 meses e, logo aos 10 meses, pode conseguir acertar a colher na boca. É comum desenvolver o hábito de chupar alguns alimentos. Os pais podem ofertar aos filhos pedaço de carne, frutas, entre outros sólidos. Além de massagear a gengiva, ajuda a desenvolver independência. Evite alimentos redondos e pequenos, como uvas, nessa fase. Próximas de completar um ano, as crianças já não se alimentam uniformemente: alguns dias comem muito, outros praticamente nada. Os pais não devem ficar ansiosos e insistirem. É e natural e não deve ser motivo de ansiedade dos pais.

De 1 ano a 1 ano e meio

A característica típica dessa idade é a recusa dos alimentos. A inconstância na hora de comer é resultado da diminuição no ritmo de crescimento após o primeiro ano – o corpo muda e segue as tendências genéticas, além dos efeitos das atividades físicas. O mundo é explorado mais intensamente e não sobra muito tempo para se interessar por comida. Por isso é importante a oferta de pequenos lanches nutritivos durante o dia. A comida especial dá lugar ao cardápio normal da família, que deve se ajustar de forma mais saudável, evitando-se o uso de temperos fortes e excesso de sal, açúcar e gordura em algum prato. O consumo de alimentos gordurosos e muito doces deve ser controlado desde cedo para não viciar a criança desde cedo. Como o paladar ainda está em formação, o ideal é introduzir sabores suaves e naturais. A oferta diária de leite em média 500 ml.

De 1 ano e meio a 2 anos

Os talheres são mais bem manuseados, canudos são utilizados, além do maior número de dentes. Entretanto, surge a inquietação na hora das refeições e demonstrações de independência. É preciso ficar atento para que a criança não enjoe da comida e afunile suas experiências de paladar. Para isso, invista na oferta de alimentos variados e na realização das refeições em família à mesa. A criatividade também é muito importante para despertar o interesse da criança deve desde que é muito importante a apresentação e a cor dos alimentos, além do que comidinha tem que ter variação e ser gostosa.

Creative Commons - CC BY 3.0

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