one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Puberdade: entenda as transformações dessa fase

Criado em 20/07/15 11h22 e atualizado em 20/07/15 11h28
Por abc da Saúde Infanto-Juvenil

A partir da concepção de um novo ser, o desenvolvimento é demarcado por fases, e há aquela etapa em que o indivíduo não é mais criança, mas também ainda não carrega a responsabilidade da vida adulta. A puberdade é uma fase de transição, como um prenúncio da adolescência, em que ocorrem as mudanças físicas e biológicas.

Enquanto a adolescência compõe um período grande, de mais ou menos dez anos, de transformação (lenta e gradual) biológica, psicológica, social e cerebral, a puberdade ocorre num período bem mais curto (entre dois a quatro) e chega sem pedir licença.

“É perceptível como o jeito da pessoa muda. Os hormônios começam a ser produzidos, o indivíduo começa a sair daquele corpo franzino de criança para virar adulto. Teoricamente, está preparado para se reproduzir.

Está alto, forte, com todos os seus contornos. E isso tudo acontece muito rapidamente”, detalha doutor Benito Lourenço, hebiatra e coordenador da Unidade de Adolescentes do Instituto da Criança.

O anúncio nas meninas

Doutor Benito explica que o primeiro sinal de que a menina entrou na puberdade não é o aparecimento dos pelos pubianos e sim quando o seio desponta (o chamado broto mamário). “Pode ser que apareça apenas um carocinho de um lado só ou os dois de uma vez. Essa assimetria, no começo é supernormal. Também pode ocorrer de a menina se queixar de dor ou sentir a aréola mais sensível”, ressalta o hebiatra.

Hoje, a puberdade das garotas normalmente acontece em torno dos nove a dez anos. Mas, se até os 13 anos não despontarem os sinais, vale a pena investigar com o pediatra.

A puberdade nos meninos

Diferentemente do que alguns pensam, o aumento do pênis não indica o início da puberdade para os garotos. “O ponto de partida, na verdade, é o crescimento dos testículos, que atingem 2,5 cm de altura e passa a produzir os hormônios masculinos, como a testosterona. O pênis irá se desenvolver apenas dois anos após esse primeiro sinal, em geral, entre os 10,5 e 11 anos. Todo desenvolvimento do menino ocorre de maneira mais lenta se comparado ao da menina”, afirma doutor Benito.

Mediante o primeiro sinal da puberdade tanto nos meninos como nas meninas, é dada a largada para alguns marcos do desenvolvimento:

- Estirão da puberdade
Durante a infância, crescemos por ano entre 4 a 6 cm. Na puberdade, o indivíduo pode crescer de 8 até 12 cm por ano, crescimento auge da nossa vida. Sem esquecer de que o estirão começa pelas pontas: primeiro mãos e pés, depois pernas, braços e lá no fim tronco. Por isso é comum reconhecer nos adolescentes aquele andar e jeito desengonçados.

- Dimorfismo sexual
O corpo adquire forma masculina ou feminina. Se, durante a infância, não era possível identificar o sexo de um bebê de costas, durante a puberdade sim. Nos meninos, identificamos crescimento dos ombros e a menina começa a depositar gordura no quadril, tomando aquela forma violão.

- Todos os órgãos do nosso corpo crescem durante a puberdade
Rim, pulmão, intestino, sangue, olho. Tudo se desenvolve. Doutor Benito recomenda inclusive que o pré-adolescente passe em consulta com um oftalmologista, pois, geralmente, é durante a puberdade que disfunções oftalmológicas, como a miopia, podem aparecer.

- Maturidade sexual
Dizem que a puberdade nada mais é do que uma série de transformações que acontecem no corpo para preparar o jovem para reproduzir. A puberdade preparar do ponto de vista físico e a adolescência do ponto de vista emocional.

Para as meninas, a menarca, primeira menstruação, é um dos últimos fenômenos puberais. “Eis um sinal de que o turbilhão de mudanças terminou, assim como o auge do crescimento. Após a menstruação, em geral, as meninas crescem apenas mais 5 a 7 centímetros no total”.

Ao longo dos últimos cinquenta anos, observa-se um adiantamento da puberdade e, consequentemente, da adolescência. “Antigamente, a menina menstruava pela primeira vez aos 16 e hoje a média é aos 12. Isso ocorreu devido à melhora na oferta dos alimentos para as crianças, à prática de atividade física, à qualidade de vida”, conclui doutor Benito.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário