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O que os bebês pensam?

Criado em 16/09/15 08h35 e atualizado em 16/09/15 09h21
Por Adriana Franzin Fonte:Portal EBC

Nos últimos trinta anos, as descobertas entorno da ciência do desenvolvimento mudaram completamente a concepção sobre as crenças acerca da potencialidade mental na primeira infância. Se antes, os cientistas achavam que os bebês eram quase irracionais, atualmente acredita-se que eles têm uma capacidade cognitiva semelhante à dos maiores gênios da história.

Isso porque, segundo a psicóloga Alison Gopnik , as pesquisas têm desenvolvido linhas alternativas para investigar essa atividade cerebral, já que os bebês não conseguem se expressar por meio da fala.

A especialista, que apresentou uma palestra sobre o tema no TED, versão completa abaixo, garante que bebês de dezoito meses são capazes de refletir sobre o que o outro ser humano está pensando. A conclusão veio de um experimento simples, feito por ela e uma aluna.

A experiência consistia em oferecer dois pratos de comida a bebês de 15 e 18 meses. Um contendo brócolis cru e outro com bolachas saborosas e decoradas em formato de peixinho.

A aluna simulava para alguns grupos de bebês a preferência por determinado alimento. Para outro grupo, sinalizava outro. O que elas constataram foi que enquanto o grupo de bebês de 15 meses não compreendia a preferência pelo brócolis (já que na percepção deles, o biscoito é mais saboroso), os de 18 entregavam, quando solicitado, o alimento favorito da interlocutora. Ou seja, compreendiam que outros seres humanos pensam de forma diferente e trabalham para ajudá-las a realizar o seu desejo.

“Há duas coisas impressionantes em relação a isto. A primeira é o fato de estes bebês de 18 meses terem já descoberto esta verdade profunda da condição humana: que nem sempre queremos as mesmas coisas. E mais, eles sentiram que deviam fazer o possível de forma a ajudar outras pessoas a terem o que queriam. Mas mais impressionante, o fato de os bebês de 15 meses não terem feito isto indica que os bebês de 18 meses aprenderam esta profunda verdade da natureza humana nos três meses que passaram depois de fazerem 15 meses”, afirmou a pesquisadora.

Em outro estudo, verificou que crianças de quatro anos de idade fazem, internamente, complexos cálculos de probabilidade e são melhores em descobrir uma hipótese improvável do que adultos perante a mesma tarefa.

Em síntese, Alison Gopnik defende que os bebês e as crianças pequenas têm dificuldade em focar a atenção em uma única fonte de informação, mas têm uma capacidade incrível de absorver aprendizados de várias fontes, sem limitar a experiência, como os adultos geralmente fazem.

Confira a palestra completa:

Creative Commons - CC BY 3.0

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