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Detritos espaciais

Imagem: Nasa

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O que parece estrela, pode ser lixo espacial

Criado em 09/07/15 11h08 e atualizado em 09/07/15 11h18
Por Eco4u

Mais de 400 mil artefatos, entre parafusos, pedaços de metal e manchas de óleo, orbitam a Terra. É o chamado lixo espacial, uma espécie de nuvem de metal e detritos que vem aumentando ano após ano.

A hipótese (Síndrome de Kessler) apresentada por um físico da Nasa, sustenta que haverá um momento em que o espaço terá tantos detritos que será impossível utilizá-lo para as necessidades da humanidade. Isso porque, quando dois objetos se chocam, eles geram mais fragmentos, multiplicando assim o número de elementos em órbita. E os satélites que atualmente estão em órbita, por exemplo, são responsáveis por transmitir dados, sinais de televisão, rádio e telefone, sem contar os equipamentos que observam a Terra, fornecem informações sobre mudanças climáticas, podem antecipar fenômenos naturais e fazer o mapeamento de áreas.

E qual a realidade lá em cima? Os astronautas, satélites e a própria estação espacial enfrentam problemas em antever um impacto.

Devido à velocidade muito grande em que viaja o lixo espacial, pequenas peças entre 1 e 10 centímetros de tamanho podem penetrar e danificar a maioria das naves espaciais.

Mas não é só isso, um pedaço de metal de 10cm pode causar tanto dano como vinte e cinco bananas de dinamite! Claro, afinal esse lixo todo circula no nosso planeta em velocidades que podem ultrapassar 30 mil Km/h.

Durante sua primeira década em órbita, por exemplo, mais de 200 objetos se afastaram da estação espacial Mir, a maioria deles envolta em sacos de lixo. Mas a maior fonte de material significativo são aproximadamente 150 satélites, que foram destruídos ou se desmantelaram, deliberadamente ou acidentalmente. Eles deixaram um rastro de 7 mil fragmentos suficientemente grandes (acima de 10 centímetros), a serem monitorados a partir da Terra.

Por estas razões a NASA (em conjunto com o Departamento de Defesa dos EUA) criou uma rede de vigilância do espaço. Estações de solo monitoram grandes pedaços de lixo espacial para que as colisões com os satélites ou com o ônibus espacial possam ser evitadas. Os planos futuros incluem um esforço de cooperação entre os governos de muitos países para parar de jogar lixo espacial e possivelmente para limpar o lixo que já está lá.

E o Brasil tem sua parte de culpa: temos dois satélites de coleta de dados e mais três satélites em conjunto com a China e nenhum desses cinco dispõe de um sistema para que seja feita sua remoção em órbita.

A seguir, algumas ideias para remoção do lixo espacial:

1. Aerogel: Utilizado pela NASA para coletar poeira espacial, a idéia é colocar em órbita painéis cobertos com este material onde pequenos pedaços de resíduos espaciais ficariam presos como insetos em um pára-brisa.

2. Lasers: Instalar canhões de laser em alguns pontos estratégicos e disparar contra o lixo, para desviar sua órbita para mais perto do planeta. Com isso, o lixo queimaria até desaparecer.

3. Braço: Uma espécie de nave não-tripulada, guiada por radares e câmeras, seria equipada com braços robóticos para coletar os detritos.

4. Redes: Sistema de redes gigantes, que formaria um cesto capaz de capturar os detritos e jogá-los mais para baixo.

5. Espuma: Um painel de espuma seria colocado na rota dos detritos. Assim que os objetos passassem por ele, teriam sua velocidade reduzida, caindo de volta no planeta.

6. Fios: Cabos condutores de cobre poderiam ser acoplados a satélites desativados para que eles pudessem ser atraídos pelo campo magnético da Terra.

A Terra é rodeada por pedaços de destroços orbitais que, segundo Nicholas Johnson (Scientific American, 1998), “lembram abelhas furiosas em torno de uma colmeia, parecendo mover-se aleatoriamente em todas as direções.”

Creative Commons - CC BY 3.0

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