Famílias

Publicado em 22/10/2018 - 20:41 e atualizado em 19/08/2019 - 14:57

Região: Sudeste | Classificação Indicativa: +12 anos | Direção: André Bomfim e Paula Sacchetta

Gênero: Documentário

Quantidade de episódios: 5

Duração de cada episódio: 26 minutos

Sinopse:

Em São Paulo, algumas famílias nada tradicionais estão se articulando em prol dos direitos LGBT. Com sobrenomes como D'Matthah, Vallentyne Lawinny, Mad Queen, Lobos ou Stronger, essas famílias são grupos compostos por jovens e adolescentes LGBT vindos da periferia, que resolveram se unir não pelo laço de sangue, mas pelo afeto e pelo desejo de conquistar o espaço público sem medo, sem se sentirem discriminados. A origem de cada família varia. Remontando a meados dos anos 2000, elas congregam hoje centenas de membros, em sua maioria entre 16 e 20 anos, que se dividem nos papéis de pai, mãe, filho ou filha. A série Famílias pretende revelar o perfil de cada um desses grupos de jovens e adolescentes. Cinco famílias serão retratadas, com foco sobre três de seus integrantes, em episódios de 26 minutos de duração.

Sinopses dos episódios:

Episódio 01

Episódio 02

Episódio 03

Episódio 04

Episódio 05

Direção:

André Bomfim

Nascido em Natal em 1983 e criado baiano, André Bomfim veio para São Paulo em 2001 estudar audiovisual. Formado pela Universidade de São Paulo, desde 2012 tem atuado principalmente como diretor de projetos de documentário para filme e série de televisão, e como montador de projetos diversos, incluindo ficção. Em 2014, dirigiu a terceira temporada da série “O Papel da Vida”, apresentada por Marina Person e exibida no Canal Brasil.

No mesmo ano, dirigiu a curta documentário “As Incríveis Histórias de um Navio Fantasma”. Produzido para a ESPN, o filme foi vencedor dos prêmios de Melhor Curta, Melhor Edição de Imagem e Som e Melhor Uso Criativo de Imagens de Arquivo no RECINE, e dos prêmios de Melhor Média-metragem e Melhor Uso de Imagem de Arquivo no II Arquivo em Cartaz. O curta também conquistou uma Menção Honrosa na Semana Paulistana do Curta-metragem de 2015 e foi exibido, em 2016, no É Tudo Verdade, no BCN Sports Film Festival (Barcelona) e no 10º CineOP.

Em 2015, dirigiu, também para a ESPN, o curta documentário “Seguindo a Linha: a História de Ricardo Prado”. O filme teve sua estreia internacional no Hot Docs – International Canadian Documentary Festival, o maior festival de documentários da América do Norte. Ele foi exibido também no FICVIÑA – Festival Internacional de Cine de Viña del Mar (Chile) e no FICIL - Festival Internacional de Cine de Lebu (Chile), onde conquistou o Prêmio de Melhor Curta-metragem Documental Internacional.

Em 2016, colaborou com o desenvolvimento do projeto transmídia “Precisamos Falar do Assédio” de Paula Sacchetta, com lançamento do longa-metragem e do site ocorridos no 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Participou ainda do IDFA DocLab Academy 2016 como o primeiro latinoamericano selecionado para o programa.

Idealizou e dirigiu a série “Famílias” (codireção de Paula Sacchetta), projeto contemplado no Edital de TVs Públicas de 2016. Atualmente, está desenvolvendo seu primeiro longa documentário, “Cipó dos Mortos”.

Paula Sacchetta

Paula Sacchetta trabalha há alguns anos como documentarista e é especializada em temas ligados a direitos humanos. Seu longa documental “Precisamos Falar do Assédio” foi lançado em setembro de 2016 no 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e já rodou por outros festivais brasileiros de prestígio como o 24º Festival Mix Brasil (nov. de 2016) e 20ª Mostra de Cinema de Tiradentes (jan. de 2017). “Precisamos Falar do Assédio” é também um projeto transmídia, que se estende para um site interativo e participou do IDFA Docs for Sale (International Documentary Film Festival Amsterdam). Em 2017, o filme teve sua estreia na TV no Canal Brasil e está rodando pelo circuito educativo dos Estados Unidos e do Canadá, distribuído pela organização Women Make Movies.

Paula também dirigiu o documentário “Verdade 12.528”, sobre a Comissão Nacional da Verdade, lançado em 2013 na 37ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que rodou por diversos festivais brasileiros e internacionais tais como Cinema Vérité (Irã) e Festival Internacional del Cine Político (Argentina), entre muitos outros.

Formada em jornalismo, Paula ganhou o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos

Humanos, pelo especial da revista Caros Amigos sobre a Comissão Nacional da Verdade, em 2012, e cobriu as primeiras eleições presidenciais egípcias, no Cairo, para a TV Folha. Já fez webdocs para o canal AJ+, da Aljazeera, uma série de webdocs sobre mulheres mulas do tráfico para o ITTC, um mini-doc sobre os homens-placa e outro sobre a Cracolândia para o jornal inglês The Guardian. Lançou em 2014 “Quanto mais presos, maior o lucro” curta documental sobre a chegada das penitenciárias privadas ao Brasil, premiado no 31º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, da OAB-RS.

Codirigiu, em 2017, a série documental “Famílias”, sobre jovens LGBT na periferia de São Paulo, projeto contemplado no Edital de TVs. No momento está dirigindo uma série documental de oito episódios sobre sistema carcerário para o Canal Curta!, produzida pela Mira Filmes, e dirige um mini-doc por mês para a Hysteria, uma plataforma de conteúdos audiovisuais dirigidos por mulheres da Conspiração Filmes.

Produção: Mirafilmes LTDA

Prêmios e Participações: (este espaço será atualizado durante o período de distribuição da edição)

Sinopses dos episódios:

Episódio 1 – Família D’Matthah

No primeiro episódio da série, acompanhamos uma das famílias LGBT mais antigas. A D’Matthah surgiu há 16 anos em Mauá (SP), e desenvolve ações de acolhimento e uma militância cotidiana, sempre empenhada em promover políticas públicas voltadas para o público LGBT. Vemos as ações da família no Conselho Municipal de Direitos Humanos e Cidadania LGBT de Mauá, uma das criações da D’Matthah, e no Centro de Referência e Defesa dos Direitos Humanos em São Paulo. Seguimos o cotidiano de três membros: Fuh Miguel, fundador da família, que tenta equilibrar as demandas de militante com a vida amorosa; Jeh Evans, irmão adotivo de Fuh Miguel, às voltas com as últimas notícias sobre o pai biológico, um sujeito homofóbico e morador de rua; e Josh Leone, que está retomando o ensino médio e precisa ouvir de seu pai, Fuh Miguel, conselhos sobre uma grande novidade.

Episódio 2 – Família Vallentyne Lawinny

Descubra uma das famílias mais conhecidas de São Paulo, a Vallentyne Lawinny, cujo nome remete a valentia. Fundada em 2004 com o objetivo de proteger quem frequenta o centro da cidade, não foram raros os momentos em que Douglas, pai da família, teve que acudir algum filho contra ataques de homofobia ou contra a covardia de outras famílias – Douglas prefere chamá-las de gangues. No episódio, acompanhe o cotidiano do pai da Vallentyne Lawinny como DJ e árbitro de futebol amador e relembre com ele um caso marcante de violência; veja como o Bonde dos Lawinny promove o nome da família nos ensaios e apresentações de funk e embala os sonhos de três integrantes; e entenda como o Consulado das Famílias LGBT, organização de articulação e militância das famílias, vem apontando para Maart Beul, filho de Douglas, um caminho de superação e empoderamento.

Episódio 3 – Família Mad Queen

Conheça a Mad Queen, a família mais nova e ostentação da série, com um nome que inspira realeza. Criada há apenas um ano, seus membros são príncipes, lordes, duques e imperatrizes. À frente da corte, o rei Luís, que trabalhou na noite como Flávia Caldeirão e hoje comanda, além da família, um terreiro de quimbanda. Entenda como sua vivência de pai de santo orienta os membros e o percurso da Mad Queen, repleto de rolês como o Viados de Salto; acompanhe o príncipe Luan, braço direito de Luís, se virando nos bicos de porteiro e segurança; e descubra Fernando, que também já foi da noite, mas mesmo deixando pra trás essa vivência nada fácil decidiu nunca abandonar a imperatriz Lytssa Capetini, sua encarnação feminina, uma das drags da família.

Episódio 4 – Família Lobos

Acompanhe de perto a Lobos, a família de integrantes mais jovens da série. Incubada no interior de outra família, seus membros resolveram se emancipar há quatro anos, e desde então vêm promovendo encontros e discussões sobre direitos e comportamento LGBT dentro de casa e no espaço público. Através de Lobinho, segundo pai da família, perceba os atritos e afetos com os parentes biológicos, e experimente o desafio de liderar uma família quando se tem apenas 20 anos; com Débora, vivencie as dificuldades e esperanças de ser mãe solteira na adolescência, carregando com leveza o diagnóstico do filho; já com Gabi, descubra as responsabilidades de uma garota de 15 anos que cuida de casa e das irmãs mais novas, enquanto sonha com um futuro melhor que o da própria mãe.

Episódio 5 – Família Stronger

O último episódio da série é dedicado à família mais ativa e politizada de todas, a Stronger. Ela surgiu há 10 anos como resposta a ameaças e assaltos no centro da cidade, mas hoje em dia sua energia e atividades extrapolam qualquer circunscrição. Acompanhe as articulações de Elvis Justino, líder político da Stronger, com entidades de governo e da sociedade civil, a exemplo de secretarias de assistência social e da Associação da Parada do Orgulho LGBT, onde a família participa como membro; compartilhe a expectativa de Diana, neta de Elvis, em encontrar um lugar onde possa morar sem se sentir ofendida por ser mulher trans; e descubra como é que Lyka, filha de Elvis e mãe solteira de dois filhos, inspira a Stronger num projeto social dirigido à comunidade LGBT em situação de risco.

As informações da sinopse e currículo são de responsabilidade do diretor.

Compartilhar: