Série História das Canções revela histórias de Amado Batista

Publicado em 20/12/2016 - 09:31 e atualizado em 20/12/2016 - 09:39

Por Gecom

Artista goiano fala sobre os hits que embalam o imaginário popular

 

Com mais de 40 anos de carreira, o cantor e compositor Amado Batista celebra sua trajetória artística no terceiro episódio da série História das Canções, nesta quarta (21), às 20h30, na TV Brasil.

O convidado tem grande representatividade no segmento da música popular romântica: seus sucessos renderam 32 álbuns e a impressionante marca de mais de 30 milhões de discos vendidos.

Com origem humilde, Amado Batista construiu uma carreira sólida: tornou-se ídolo romântico e conquistou uma legião de fãs. Até hoje o cantor tem uma agenda intensa de shows. As canções do compositor fazem parte do imaginário popular de homens e mulheres de todo o país. Na atração musical da TV Brasil, ele resgata hits que marcaram época como "Princesa", "Secretária", "Meu ex-amor" e "Folha Seca".

Amado Batista abre as portas da sua casa para o programa e conta com espontaneidade sobre seu sonho pela música, recorda a infância na roça em Goiânia, destaca a vontade compor, enumera suas parcerias com outros artistas e relata histórias de obras importantes da carreira.

"O romantismo bem feito vai prevalecer. A música romântica é eterna", sentencia o cantor. Amado Batista se define como fruto da Jovem Guarda e se identifica com a música romântica tendendo ao rock. Para falar sobre o hitmaker, a série recebe ainda a cantora Rosemary e os filhos de Amado: Erich e Bruno.


Situações da rotina inspiram Amado Batista

Sobre seu processo de composição, o artista revela que faz as letras com base em fatos do cotidiano e recorda "O fruto do nosso amor", seu primeiro hit no país. "Meu primeio sucesso nacional é uma canção do Vicente Dias que escreveu sobre a irmã dele. Mas tanto o autor como eu erramos totalmente o título da composição. Virou a música do hospital, da sala de cirurgia O nome é grande demais e ninguém lembra. A canção vendeu um milhão e cem mil discos", explica Amado Batista.

O homenageado desta semana de História das Canções fala a linguagem do povo e tem grande identificação com as camadas populares. Depoimentos gravados com o povo nas ruas mostra essa relação dos admiradores pelas composições de Amado Batista.

"Já namorei muito ouvindo suas músicas", destaca um; "Faz parte da minha vida desde que me conheço como gente, ouvia no radinho de pilha na Bahia", fala emocionado um outro; "Eu até casei com a secretária", revela bem-humorado o jovem em referência a música "Secretária"; "Amo Amado Batista, até meu marido tem ciúme dele", entrega uma fã.                                                                                        


Participações especiais de amigos como Rosemary, além dos filhos Erich e Bruno

Durante as gravações para a TV Brasil, Amado Batista evidencia a importância da música "Desisto", parceria com Reginaldo Sodré, para alavancar a carreira, já que ela vendeu 100 mil discos e foi o primeiro lugar entre as 100 mais do ano. "Por ironia do destino esta canção me fez continuar. Ela foi a 'culpada' por tudo isso que veio depois. Por causa dela estou aqui", emociona-se.

O hit chamou a atenção de Sérgio Reis a quem Amado Batista considera um irmão, pelo incentivo que recebeu dele na época. Recentemente gravaram a obras juntos no DVD "Acústico".

O episódio traz ainda o depoimento de Rosemary, que canta a música "Separação", composta pelo amigo. A artista ressalta a capacidade que Amado Batista tem de fazer grandes canções e destaca a sabedoria com que traduz para as músicas a relação entre homem e mulher, de maneira simples e objetiva.

No programa, Amado também conta sobre sua admiração pelo amigo Raimundo Fagner e recorda a decisão de gravarem juntos a canção "Romance no Deserto", uma versão da música "Romance in Durango" de Bob Dylan.

O artista goiano lembra também que foi preso e torturado durante a ditadura militar. Ele estava na companhia de pessoas julgadas suspeitas pelo regime no período em que trabalhou em uma livraria e permitia que essas pessoas lessem publicações consideradas proibidas.

Ainda sobre sua relação com diversos compositores, Amado Batista afirma que além de suas próprias canções, adora gravar músicas de novos autores. O cantor admite que chega a ouvir umas mil músicas por ano, e assim descobrir algumas boas surpresas, que segundo ele, podem até salvar um disco. Para ele, essas obras despertam o desejo, inclusive, de ser o autor das canções, como foi o caso da música "Secretária", que fez enorme sucesso em sua voz.

Com a participação dos filhos Erich e Bruno, que formam uma dupla sertaneja, Amado Batista canta e toca em formato intimista as músicas "Meu Ex-amor" e "Folha Seca". Artista da nova geração, Erich comenta a influência do pai na carreira dos irmãos. “A gente teve um espelho muito bacana e um grande aprendizado pra começarmos nossa história”.

Serviço
História das Canções – quarta (21), às 20h30, na TV Brasil.

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