Fauna e flora do cerrado são assunto do programa Caminhos da Reportagem desta quinta (20)

Publicado em 19/04/2017 - 11:12 e atualizado em 19/04/2017 - 11:25

Com árvores de raízes profundas, que absorvem a água da chuva e a deposita em reservas subterrâneas – os aquíferos –, o cerrado brasileiro é considerado o berço das águas. O bioma, presente em 15 estados brasileiros, não conta com rios caudalosos, mas suas nascentes alimentam oito das 12 bacias hidrográficas do Brasil. “O fato de ser 'berço' não significa que tem muita. Porque quem ocupa o berço ainda é pequenininho”, compara o pesquisador Jorge Werneck, da Embrapa Cerrado

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No cerrado nascem as águas que alimentam, por exemplo, as bacias dos rios Tocantins, Parnaíba e São Francisco. No entanto, esse berço está ameaçado pela ocupação desordenada do solo e desmatamento do bioma, seja para a construção de cidades e ferrovias, seja por atividades econômicas como a agropecuária. Estima-se que pelo menos 50% da vegetação nativa tenha sido destruída desde os anos 1970. Como consequência desse desmatamento, ocorre o desaparecimento de nascentes e rios.

“O cerrado tem 65 milhões de anos. De todos os ambientes da história recente do planeta, o cerrado é o mais antigo. Já atingiu seu clímax evolutivo”, explica o antropólogo e pesquisador Altair Barbosa. “Uma vez degradado, ele não se recupera nunca mais na plenitude da sua biodiversidade.”

A fragilidade do cerrado foi atestada na Emater de Goiás. “O cerrado é um bioma dentro de vários biomas. Por exemplo: buriti. Ele nasce nas veredas alagadas. A mangaba: nos altos de serra e no terreno arenoso. Então, o pacote tecnológico que você faz para a  mangaba não serve para o buriti. O que você faz para o buriti não serve para a mangaba”, explica a engenheira agrônoma Elainy Pereira, que criou um bosque com espécies do cerrado em Goiânia.

Serviço:
Caminhos da Reportagem
Quinta-feira, 20 de abril, às 22h, na TV Brasil.

 

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