Linguista e filósofo Noam Chomsky é o entrevistado do Incertezas Críticas desta quinta (20)

Publicado em 19/04/2017 - 11:08

Um dos mais importantes pensadores do mundo, autor de vários livros, Noam Chomsky é também linguista, filósofo, historiador e professor do Departamento de Linguística do Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde foi gravada a entrevista.

Chomsky traça um painel minucioso do surgimento da crise econômica de 2008 e explica por que vai ser difícil se livrar dos efeitos colaterais causados por ela. “A crise econômica tem raízes nas mudanças substanciais na economia que ocorreram na década de 70. Antes disso, não houve crises financeiras”, afirma. “O lucro agora é imenso, mas para poucos. O setor financeiro não era muito grande lá por 1970. É imenso, agora. Em 2007, logo antes do crash, era responsável por 40% do lucro das corporações.”

De acordo com o professor, a riqueza sempre possuiu um grande poder político, mas como estava mais concentrada, este se tornou ainda maior e com maior controle sobre a legislação, o que acelera o círculo vicioso: mudanças na política fiscal, a taxação de corporações bem abaixo do que costumava ser. Em suma, houve mudanças nas regras que regulam as corporações, hoje beneficiadas.

“Uma parcela da sociedade, uma fração de 10% a 1% tornou-se incrivelmente rica. Para a maioria, porém, resta a estagnação ou até o declínio”, analisa o professor. “As pessoas se mantêm aumentando suas horas de trabalho, que hoje ultrapassam em muito as da Europa e as do Japão. E contraindo dívidas, o que um dia chega ao limite.”

Serviço:
Incertezas Críticas com Noam Chomsky.
Quinta-feira, dia 20 de abril, às 21h30, na TV Brasil.

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