A trajetória do cantor e compositor Zola Star é tema do programa "Bravos"

Publicado em 10/04/2018 - 15:49

Filho de angolano e mãe congolesa, Sergio Zola Star nasceu no Congo, mas escolheu o Rio de Janeiro como lar. Deixou para trás lembranças tristes da guerra em Angola e reencontrou no Brasil o desafio da sobrevivência. “Já fiz tudo que um homem tem que fazer neste país: trabalhei com obra, fui pintor de parede, operador de caixa nas Lojas Americanas, motorista de ônibus”, relembra.

O cantor chegou de Angola em 1993, decidido a apresentar a música africana aos brasileiros. De início, integrou a banda Afrotropicaliente, em 1994. Em seguida, fez parte da Banangola, ao lado do cantor angolano Abel Dueré, com quem se apresentou diversas vezes. A partir daquela experiência, passou a ter contato com músicos do Brasil.

Ano passado, o compositor lançou seu primeiro álbum autoral: "60 graus", que tem Thomas Harres na produção musical, Pedro Dantas no baixo e Donatinho no teclado.

"Ele (Zola) é um cara extremamente disciplinado e determinado, é isso o que faz a diferença", destaca o músico PJ Xavier. "O tempo que ele levou para gravar esse CD teria feito muita gente desistir."

O programa “Bravos!” mostra as dificuldades de Zola para gravar o primeiro disco e criar um público próprio no Brasil, que ainda desconhece muito da cultura africana.

“A gente tem uma resistência com outras línguas que não sejam o inglês. Então, é muito difícil para ele (Zola), por mais que ele tenha uma música única, que ninguém faz aqui”, observa o produtor Thomas Harres.

Com 13 episódios de 26 minutos, a série documental “Bravos!” conta uma história de superação a cada quinta-feira. Fotografia, danças urbanas, poesia, boxe e halterofilismo são alguns dos universos apresentados na série, produzida pela TV Brasil. As gravações foram feitas em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Serviço:
“Bravos!” com Zola Star.
Quinta-feira, 12 de abril, às 21h15, na TV Brasil.

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