Xavante - O Povo do Sol Nascente

Publicado em 07/05/2018 - 14:01 e atualizado em 19/08/2019 - 15:07

Região: Nordeste | Classificação Indicativa:10 Anos | Direção: Divino Tserewahú Tsereptsé

Gênero: Documentário

Duração: 52 minutos

Sinopse: 

O povo Xavante depois de vagar por muitas terras e enfrentar muitos conflitos com os homens brancos-invasores decidiu procurar um novo lugar para morar. Quando encontraram os Padres Salesianos, resolveram juntos fundar a aldeia Sangradouro, para viver em paz. Isso aconteceu em 1957. Os Padres deixaram os Xavantes seguir com as suas tradições, tais como a iniciação dos jovens, o ritual da furação de orelha, etc.

Todavia, restringiram certos aspectos da cultura: obrigaram os Xavantes a usar roupa – o que para os Xavante trazia doenças. A única festa que os Padres Salesianos proibiram foi a tradicional “Festa da Onça” (nominação das mulheres). Com efeito, eles acharam muito ousado este ritual, semelhante ao carnaval dos brancos.

Com a presença do vídeo aumentou o interesse dos Xavantes em reativar estas tradições, a parti das narrativas dos conselhos de anciões. Em 1995, resolveram realizar e filmar a “Festa da Onça”, conscientes da importância da preservação cultural. A partir desta prática o ritual foi resgato e difundiu-se por outras aldeias.

A comunidade indígena de Sangradouro está em contato com a produção de vídeos desde 1987, através do Vídeo nas Aldeias (VNA) e adquiriu sua primeira câmera e outros equipamentos audiovisuais em 1990. Desde então, foram realizados um total de oitos filmes documentários, todos realizados pelo diretor Divino Tserewahú.

Além disso, uma produção de 550 (quinhentos e cinquentas) horas de filmagens sobre o povo Xavantes de várias outras aldeias da mesma etnia, fez da comunidade de Sangradouro uma importante referência no assunto, quando se relaciona cinema e cultura indígena e o poder de preservação e transformação. Em 1998 a comunidade recebeu uma oficina de vídeo do VNA que teve duração de dois meses, com intuito de formar mais realizadores em Sangradouro. A comunidade fundou um cineclube em 2001 que possui cerca de 180 vídeos de outros povos indígenas. As principais atividades econômicas da comunidade de Sangradouro, é a plantação de roça para consumo próprio das famílias.

A ideia foi gravar as festas e os rituais de iniciação, visto pelo olhar de duas crianças, uma branca e outra Xavante. Além das festas que foram registradas, os episódios usaram um imenso acervo de imagens gravados pelo diretor Divino Tserewahú Tsereptsé.

Direção:

Divino Tserewahú Tsereptsé é um índio Xavante da aldeia de Sangradouro (Mato Grosso). Desde 1990, registra principalmente cerimoniais para o público de sua aldeia. Participou da equipe do “Programa de Índio”. Liderou a equipe de realizadores indígenas autores de “Wapté Mnhõnõ, A Iniciação do Jovem Xavante”, premiado em vários festivais no brasil e no exterior. Realizou mais dois documentários sobre rituais de iniciação Xavante, “Wai’a Rini, O poder do Sonho” (2001) e “Daritidzé, Aprendiz de Curador” (2003). Em 2002, fez um filme sobre a luta dos índios Makuxi, intitulado “Vamos à Luta”. Em 2009 realizou, em coautoria com Tiago Torres e Amandine Goisbault, os filmes “Sangradouro, um histórico de sua aldeia do contato até os dias de hoje”, e “PI'ÕNHITSI, Mulheres Xavante sem nome”, sobre o desaparecimento do ritual de nominação feminina.

Produção: Cariri Produções Artísticas LTDA

Prêmios e Participações: (este espaço será atualizado durante o período de distribuição da edição).

As informações da sinopse e currículo são de responsabilidade do diretor.

Tags: prodav

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