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Campos demonstrou que a medicina pública é viável, diz ex-procurador-geral

Criado em 26/01/15 14h55 e atualizado em 26/01/15 15h41
Por Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar Fonte:Agência Brasil

O corpo do ortopedista que fundou a Rede Sarah de Hospitais, Aloysio Campos da Paz Júnior, é velado no hospital Sarah Kubitscheck, em Brasília (Antônio Cruz/Agência Brasil)

O corpo do ortopedista Aloysio Campos da Paz será sepultado às 17h no Cemitério Campo da Esperança, na Ala dos Pioneiros Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Na manhã de hoje (26) o Hospital Sarah Kubitschek, no centro de Brasília, foi palco de despedida do médico ortopedista e idealizador da Rede Sarah de Hospitais, Aloysio Campos da Paz Júnior.  O corpo foi velado na própria unidade e comoveu amigos, parentes e pessoas que acreditavam no seu projeto de construir um centro de assistência médica pública que atendesse a todos, sem distinção.

"Ele [Campos] demonstrou que a medicina pública é viável, e que pode funcionar tão bem ou melhor que qualquer instituição privada. Essa foi uma crença que acompanhou o Dr. Campos da Paz durante toda a vida", disse o ex-procurador-geral da República e integrante do Conselho Administrativo do Hospital, Roberto Gurgel, ao lembrar do colega, acrescentando que "ele vivia exclusivamente pra isso".

Campos faleceu ontem, por volta das 14h30 de insuficiência respiratória. De acordo com colegas que estavam presentes no momento, ele estava trabalhando quando pediu pra descansar um pouco e não aguentou. Os colegas afirmam que ele já vinha, há algum tempo, apresentando um estado mais frágil. Ontem "ele estava muito fraquinho", disse a atual diretora-presidente do hospital, Lúcia Willadino Braga.

Dr. Frederico Salles, dentista de 83 anos sentiu a morte do colega: " diria que o Dr. Campos era um corpo estranho na sociedade médica e um homem de conhecimento médico excepcional", disse, lamentando.

Esteve presente também durante a cerimônia, o ex-presidente  José Sarney, que já integrou o Conselho da Associação das Pioneiras Sociais, sem fins lucrativos que tem o objetivo de prestar assitência médica e que possibilitou a criação da rede Sarah.

Campos era uma pessoa "que fazia tudo aquilo que imaginava e pensava. É a ele que devemos a criação dessa rede de hospitais", disse.

Sarney explicou que "ele [Campos] criou métodos exemplares de administração hospitalar, como o da medicina que presta atendimento aos mais pobres com o mesmo nível ao qual os ricos têm acesso", finalizou.

A rede Sarah é referência em medicina ortopédica no Brasil. O segredo para essa conquista, segundo amigos está em algumas particularidades, por exemplo, da exclusividade que o profissional médico atua no hospital. "Os médicos do Sarah têm remuneração adequada e são exclusivos. A gente leva também o ensinamento de Campos de valorizar todos os funcionários que fazem parte da rede".

Campos tinha 80 anos de idade e exercia o cargo de cirurgião-chefe da instituição. O corpo será velado na Capela 10 do Cemitério Campo da Esperança, onde será sepultado às 17h, na Ala dos Pioneiros.

 

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