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Governo vai criar grupo de trabalho para diálogo com camponesas

Criado em 10/03/15 19h28 e atualizado em 10/03/15 20h03
Por Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil* Edição:Luana Lourenço Fonte:Agência Brasil

O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, anunciou hoje (10) a criação um grupo de trabalho para discutir as questões previdenciárias das mulheres camponesas. O anúncio foi resultado da reunião entre o ministro e trabalhadoras do campo, que estão em Brasília para uma manifestação.

“A audiência com o ministro foi muito boa, ele foi muito receptivo”, disse a representante da coordenação do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e da Via Campesina Brasil, Rosângela Piovivani.

O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, fala para manifestantes que participam da Jornada Nacional de Lutas das mulheres camponesas, na Esplanada dos Ministérios (José Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, fala para manifestantes que participam da Jornada Nacional de Lutas das mulheres Camponesas,José Cruz/Agência Brasil

Na reunião, as camponesas e o ministro discutiram a ampliação da licença maternidade de quatro para seis meses para as mulheres do campo e a Medida Provisória (MP) 664, que altera as regras para concessão de benefícios como pensão por morte e auxílio-doença. Uma das mudanças implanta uma carência de dois anos para que a mulher passe a ter direito à pensão por morte do marido.

“Queremos a derrubada imediata da MP 664/2014, que retira direitos das trabalhadoras e trabalhadores do campo. A gente gostaria que o Ministério da Previdência se organizasse para que, de fato, os direitos garantidos, conquistados com a luta das trabalhadoras do campo, permaneçam”, disse a representante da direção nacional do MMC, Noeli Taborda.

“Juntos, governo e trabalhadores, vamos acompanhar o caminho do reconhecimento dos direitos para que, ao chegar à agência [do INSS], as mulheres e homens do campo tenham garantido os seus benefícios”, disse Gabas. Ele disse que o ministério está aberto para receber os trabalhadores. “As conquistas sociais foram resultado de organização e de luta. É direito do trabalhador se organizar e reivindicar melhor qualidade de vida”.

No início da manhã, as trabalhadores rurais protestaram em frente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “O investimento que ele [o ministério] proporciona é para o agronegócio e a produção baseada no agronegócio é pelos transgênicos, agrotóxicos”, disse Noeli.

Uma nova reunião entre as manifestantes, Gabas e o ministro da Agricultura, Antônio Carlos Rodrigues, está marcado para amanhã (11). As trabalhadoras rurais também têm encontros marcados com os ministros da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, e do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias. A mobilização das trabalhadoras rurais continua até o fim da semana, em todo o país.

* colaborou Michèlle Canes

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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