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Polícia Civil indicia 19 pessoas por queda de viaduto em Belo Horizonte

Criado em 05/05/15 20h38
Por Da agência Brasil Edição:Maria Claudia Fonte:Agência Brasil

A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou hoje (5) dezenove pessoas pela queda de um viaduto que deixou dois mortos e 23 feridos durante a Copa do Mundo, em Belo Horizonte, em julho do ano passado. Entre os indiciados, está José Lauro Nogueira Terror, na época secretário de Obras da prefeitura da cidade.

Também foram indiciados funcionários da Consol, empresa de engenharia responsável pelo projeto do viaduto; da Cowan, construtora que fazia a obra; e da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), que firmou os contratos e fiscalizou a estrutura.

Todos foram indiciados por dois homicídios com dolo eventual, 23 tentativas de homicídio com dolo eventual; e crime de desabamento com dolo eventual.

Segundo a Polícia Civil, as investigações revelaram que a queda da alça sul do Viaduto Batalha dos Gurarapes foi consequência do desrespeito às normas mínimas de segurança e, ainda, da omissão daqueles que poderiam ter impedido as mortes e os ferimentos sofridos pelas vítimas. Para a polícia,  houve erro no projeto estrutural elaborado pela Consol, sendo que a Cowan e a Sudecap não tomaram providências para saná-lo ou mesmo para interromper a obra.

Em nota, a polícia destaca a “omissão” dos engenheiros, que apesar de terem sido alertados diversas vezes por técnicos da Sudecap de que havia erros grotescos no projeto, não tomaram providências efetivas junto à prefeitura de Belo Horizonte”. Esse e outros fatores levaram a polícia civil a considerar os envolvidos responsáveis pelas mortes e por lesões nas vítimas, “ainda que de forma não intencional”.

O inquérito tem 1,2 mil páginas e será entregue ao Ministério Público, que decide se pede a acusação à Justiça. A polícia colheu depoimentos de cerca de 80 pessoas, entre elas os indiciados, os sobreviventes, os familiares das vítimas e os moradores das imediações da obra.

O viaduto localizado na Avenida Pedro I, região da Pampulha, ainda estava em obras. No dia 3 de julho, a estrutura despencou e atingiu um micro-ônibus, um carro e dois caminhões. Duas pessoas morreram e 23 pessoas ficaram feridas no acidente. O viaduto passava sobre a Avenida Pedro I, que é uma das vias de acesso ao Aeroporto de Confins e ao Estádio Mineirão que, à época do acidente, recebia partidas da Copa do Mundo.

A Cowan informou, em nota, que tem total confiança em seus empregados, incluindo aqueles mencionados no relatório, e total convicção da inocência de cada um a respeito da queda do viaduto.

A prefeitura de Belo Horizonte informou, também por meio de nota, que vai se pronunciar oficialmente sobre o assunto assim que tomar conhecimento do teor do relatório, Disse que vai agir  com firmeza e cobrar punição dos responsáveis e ressarcimento dos prejuízos causados pelos mesmos. Para tanto, aguardará o pronunciamento do Ministério Público e a decisão da Justiça.

A Agência Brasil não conseguiu contatar Nogueira Terror, que atualmente é presidente Empresa de Informática e Informação da prefeitura da capital mineira. A Consol não se manifestou.

 

Editor Maria Claudia
Creative Commons - CC BY 3.0

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