one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Presidente da Abert diz que crise e demissões não ameaçam liberdade de imprensa

Criado em 04/05/15 18h16
Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição:Armando Cardoso Fonte:Agência Brasil

O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV, Daniel Slavieiro, durante assinatura de duas portarias que definem as regras para a migração das emissoras AM para a faixa de FM e implantam o Sist

Para Daniel Slaviero, o momento econômico é de ajustesMarcelo Camargo/Agência Brasil

A atual conjuntura econômica é um desafio com grande impacto, mas que não afeta a solidez e a credibilidade do setor de comunicação social, disse hoje (4), em Brasília, o presidente da Associação Brasileira de Rádio e TV (Abert), Daniel Slaviero, na cerimônia de abertura do 7º Fórum de Liberdade e Democracia, evento organizado pela revista Imprensa.

Slaviero prefere não usar a expressão “crise econômica” ao conceder entrevistas. Segundo ele, após anos de crescimento econômico, durante os quais as empresas de comunicação lançaram programas e produtos e ingressaram em novos mercados, o momento é de “ajustes”.

Para o presidente da Abert, esses ajustes, em muitos casos, têm significado demissões, inclusive de jornalistas. Entretanto, ele garante que os cortes não afetam a solidez do segmento e a qualidade da informação nem comprometem o direito à liberdade de imprensa.

De acordo com Slaviero, não houve e não há demissões em massa no setor. Acrescentou que a maioria ocorre em áreas de apoio e não na atividade-fim. “Alguns veículos têm de fazer ajustes pontuais em suas estruturas – mais nas áreas de apoio que na atividade-fim. Ainda que possa haver problemas pontuais, é uma conjuntura a que o setor acaba se adaptando. Até porque, já vivemos crises muito mais graves.”

Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, afirmou à Agência Brasil que dezenas de jornalistas experientes (muitos premiados) têm sido demitidos todos os meses. Parte dessas vagas acaba sendo preenchida por profissionais com menos experiência e que aceitam receber salários menores.

“Depois de atingir a base das redações de todo o país, as demissões começaram a atingir postos de chefias e profissionais qualificados. Logicamente, isso afetará a qualidade do jornalismo e a liberdade de imprensa e de expressão, um direito que não é dos jornalistas ou das empresas, mas da população. Na medida em que não damos à população um jornalismo qualificado, sonegamos a plenitude desses direitos”, comentou o presidente da Fenaj.

O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Celso Augusto Schroder, em ato contra o terrorismo e a islamofobia e em defesa da liberdade de expressão, denominado Somos Charlie (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Para Celso Schröder, não está caracterizado o fechamento de postos de trabalhoMarcelo Camargo/Agência Brasil

Schröder também relativiza a ideia de que o setor esteja sofrendo os efeitos de uma crise econômica.

“Os indicadores são muito bons. Ao demitir 130 jornalistas, uma empresa do Rio Grande do Sul teve o cuidado de explicar que está financeiramente bem. Não está caracterizado o fechamento de postos de trabalho. O que há é o velho rodízio de profissionais bem pagos por outros que recebem menos”, concluiu.

Editor Armando Cardoso
Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário