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Brasil não sofre risco de retaliações por falta de leis sobre terrorismo, diz Levy

Criado em 02/06/15 21h16 e atualizado em 02/06/15 21h19
Por RFI Fonte:Radio França Interacional

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira (2) em Paris que o Brasil não corre o risco de sofrer retaliações do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi) por ainda não ter regulamentado a legislação de combate ao terrorismo no país. O ministro, que participa da cúpula ministerial da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), declarou que “essa informação não é verdadeira”.

“O Brasil é tem um compromisso com o combate ao terrorismo e tem todas as condições necessárias para isso. Temos uma posição de participação. Não se deve preocupar, porque o Brasil vai cumprir com tudo”, respondeu Levy, ao ser questionado pela imprensa na sede da organização, em Paris.

Já faz tempo que o Gafi pressiona o país a regulamentar esse tipo de delito. A proximidade dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro de 2016 torna a questão ainda mais urgente. O país poderia ser suspenso do grupo, um organismo intergovernamental que promove políticas nacionais e internacionais de combate a crimes fiscais e de terrorismo.

Entrada na OCDE

O ministro da Fazenda realiza uma visita oficial de dois dias à capital francesa. Levy teve uma reunião bilateral com o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, e demonstrou otimismo com a possibilidade de o Brasil entrar na organização. A entidade reúne os 34 países mais desenvolvidos do mundo.

Nesta quarta-feira, Levy e o chanceler Mauro Vieira devem assinar o Acordo-Quadro de Cooperação entre o Brasil e a OCDE. O documento vai aproximar o país da entidade e pode ser um passo importante rumo à adesão do Brasil ao chamado clube dos ricos.

“As perspectivas de trabalho junto com a OCDE são muito boas para o Brasil, em temas como produtividade e crescimento. A OCDE tem um papel muito importante, principalmente com alguns de nossos parceiros, como a Indonésia, a China, na própria América Latina e outros países que estão neste diálogo, muito positivo”, destacou. “É importante para o Brasil essa presença na área tributária, de informações, questões de troca de informações e de investimentos no estrangeiro, tudo isso harmonizando com nosso parceiros em outros países. É importante dar segurança à nossa economia e dar dinamismo.”

Produção industrial

O ministro não se abateu com os números negativos da produção industrial, divulgados nesta terça-feira. Segundo dados do IBGE, a atividade da indústria registrou queda de 1,2% em abril, o terceiro mês consecutivo de diminuição. Para Levy, a redução na produção no setor automobilístico explica os maus resultados.

“Eu acho que a gente vai virar a nossa produção industrial. Há alguma coisa muito puxada na parte de automóveis, de veículo. Obviamente, nós tivemos alguns anos com muito apoio e uma produção que foi muito mantida, pelo crédito público, etc. Agora eu acho que é um período de acomodação”, explicou. “Mas evidentemente eu acho que todo esse setor é relevante. O setor de autopeças é uma área que a gente tem que pensar bastante. É uma área que a gente deveria ter vantagens competitivas.”

O ministro frisou que, depois do ajuste fiscal para equilibrar a economia e retomar o crescimento, o governo prevê medidas para aumentar a competitividade do Brasil. Levy se encontrou com Jean Pisani-Ferry, comissário-geral da France Stratégie, um think thank que aconselha o gabinete do primeiro-ministro francês, Manuel Valls.

“Estávamos discutindo o tema da produtividade, da inserção da inovação e como isso pode ocorrer. No caso do Brasil, um pouquinho da nossa estratégia, tanto na parte de investimento em infraestruturas mas também o movimento que a presidente fez em relação à discussão de livre-comércio com a Europa. Eu acho que são pontos importantes”, observou.

Nesta quarta, Joaquim Levy participa de uma série de conferências na OCDE. O ministro retorna a Brasília na quarta-feira.

Creative Commons - CC BY 3.0

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