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Coordenador de seleções da CBF descarta pressões sobre comissão técnica

Criado em 01/06/15 22h10
Por Cristina Índio - Repórter da Agência Brasil Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

O coordenador de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Gilmar Rinaldi, descartou que a comissão técnica do time principal sofra alguma interferência da diretoria da entidade. Gilmar fez questão de esclarecer a situação durante entrevista hoje (1º), na Granja Comary, em Teresópolis, região serrana do Rio. “Nós aqui na CBF temos 100% de autonomia para fazer o nosso trabalho e escolher os jogadores que nós quisermos. Nunca em nenhum momento, ninguém sugeriu”, contou.

Gilmar disse que ligou semana passada para o ex-técnico Luiz Felipe Scolari, o Felipão, para saber se durante o período dele à frente da seleção sofria pressão da diretoria da CBF. “Tive uma curiosidade e liguei para o Felipão na semana passada. Perguntei para ele se havia alguma coisa, e ele deixou muito claro que em nenhum momento. O Mano falou sobre isso em uma entrevista”, revelou.

O coordenador destacou que quem conhece o comportamento de Dunga, atual treinador da seleção, sabe que ele não aceitaria comportamento deste tipo. “Quem conhece o Dunga, como vocês conhecem, que é um pouco ranzinza e tem aquele estilo Dunga de ser, imaginam se alguém teria como sugerir a ele ou vetar alguma contratação? Aconteceu um fato até interessante, durante entrevista em que o microfone estava ligado e vazou uma conversa minha com Marco Polo [Del Nero, presidente da CBF], que na época era vice-presidente e não sabia quem era o Firmino e o Márcio Fernandes. Eles conheceram a lista naquele momento da entrevista. Gostaria de dizer isso para deixar claro”, acrescentou.

Sobre as denúncias contra a CBF, Gilmar disse que até onde tem conhecimento, a entidade está prestando, voluntariamente, todas as informações aos órgãos competentes, e até de forma antecipada, mas descartou que o trabalho de preparação da seleção seja prejudicado pelo momento de crise. “A nossa parte aqui é a parte técnica, a parte do futebol. O que posso garantir é que a CBF, através de seu presidente e de sua diretoria, está nos dando todas as condições para fazermos o nosso trabalho com toda tranquilidade e autonomia possível. Isso é o que eu posso falar da parte que me cabe, que é o meu setor. Eu sou o coordenador de seleções”, explicou.

Na avaliação de Gilmar, as dificuldades por que passa a entidade têm que servir de preparação para os jogadores, que segundo ele, precisam enfrentar momentos bons e ruins. “Ele [jogador] tem que saber isso, tem que entender o universo disso, até onde ele está envolvido, e saber que a parte dele é a parte do futebol, a parte do campo. A gente tem que se superar a cada momento, tem que definir e decidir quais são os problemas que a gente tem em casa, na família, com os amigos, e no momento em que coloca a camisa da seleção brasileira. Aqui, os problemas são muito pequenos diante da grandeza que a gente tem quando está servindo à seleção”, avaliou.

Para o coordenador, assim como disse o ex-treinador da seleção Carlos Alberto Parreira, a CBF é uma das coisas que deram certo no Brasil. “Acho que a CBF é uma das coisas que deram certo. O Brasil tem muita coisa que dá certo”, apontou, lembrando que morou durante três anos no Japão e se incomodava quando alguém falava de problemas que aconteciam no Brasil, como se só houvesse fatos negativos. “Temos muita coisa que deu certo, e é por isso que me orgulho de ser brasileiro”, ressaltou.

Gilmar evitou falar antecipadamente na conquista da Copa América, como aconteceu na Copa do Mundo, e o Brasil perdeu a possibilidade de disputar o título após ser derrotado pela Alemanha por 7x1. “A obrigação do título a gente não tem, mas a gente tem a obrigação de trabalhar muito para conseguir o título. Jogador que chega à seleção brasileira tem que saber que vem o kit junto, e a pressão está incluída nisso. Se ele está na seleção brasileira é porque é alguém que está preparado para lidar com a pressão e transformá-la em energia positiva quando for necessário”, destacou.

Hoje, a seleção brasileira começou sua preparação na Granja Comary, com vistas à Copa América, que será disputada no Chile, de 11 de junho a 4 de julho, e foi pequena a presença de torcedores no local. Para Gilmar, isso não significa falta de apoio ao grupo. Ele comentou que em três dias quase todos os ingressos para o jogo que a seleção fará em São Paulo foram vendidos, e isso mostra o interesse dos torcedores.

“Significa que está interessado. O país vive um momento difícil também. São várias coisas que influenciam o ânimo do povo. O futebol é onde o povo tem alegria, e talvez não esteja muito contente, mas acho que é importante que a gente devolva essa alegria; faça com que esses que estejam com descrédito a gente vá conquistar ainda. O nosso trabalho também é este aqui, mas fiquei muito contente quando soube que para o jogo de São Paulo, parece que em três dias foram vendidos quase todos os ingressos”, disse, justificando que para dar alegria aos torcedores foram marcados dois jogos preparatórios no Brasil, antes da Copa América.

O elenco de jogadores ainda não está completo na Granja Comary. Alguns atletas, como Neymar, ainda participam de competições decisivas para os seus times, e por isso não se apresentaram. Neymar só chegará ao Brasil no dia 8.

Editor Stênio Ribeiro
Creative Commons - CC BY 3.0

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