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Angra dos Reis vai receber projeto de monitoramento de encostas

Criado em 27/07/15 19h48 e atualizado em 27/07/15 19h50
Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

Com uma população de cerca de 70 mil pessoas morando em locais de risco, segundo informação de Hele Serafim Filho, superintendente de Planejamento e Gerenciamento de Crises da Secretaria de Defesa Civil do município, Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, começou hoje (27) a fazer uma trabalho de campo para o mapeamento dessas áreas. Elas receberão o projeto de monitoramento de encostas desenvolvido em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O projeto tem funcionamento previsto para o próximo verão e, segundo Hele Serafim, os locais receberão sensores geométricos de movimento de massa, conhecidos como prismas (espécie de espelhos), que enviarão dados de possíveis movimentos de massa para uma estação total robotizada (ETR), que será instalada em um prédio, no centro do município. Em um primeiro momento, as comunidades dos morros do Abel, Carioca, Santo Antônio, Carmo, Caixa D'Água, Monte Castelo e Peres, considerados áreas de risco, serão priorizados para a instalação dos prismas.

No último dia 22, técnicos da Defesa Civil se reuniram com líderes de associações de moradores de comunidades, para a apresentar o projeto de monitoramento de encostas. Caso o local de instalação dos prismas seja particular, o proprietário poderá assinar um termo de cessão de uso, permitindo a colocação do equipamento, mas sem nenhum tipo de vínculo. “A qualquer hora que ele queira, poderá solicitar a retirada do equipamento”, disse o superintendente.

Nos morros da região central da cidade, a prefeitura já estão em funcionamento pluviômetros e sirenes, bem como na área do entorno. Os 29 pluviômetros automáticos cedidos pelo Cemaden permitem saber em tempo real a quantidade de chuva no local. “Eles estão espalhados em todo o continente e também na Ilha Grande”, disse Hele Serafim.

Ainda em parceria com o Cemaden, a Secretaria de Defesa Civil está trazendo para Angra dos Reis mais três estações automáticas. Quinze pluviômetros semiautomáticos já estão instalados em pontos estratégicos, onde voluntários fazem a leitura dos dados e informam a Defesa Civil. Seis estações semiautomáticas foram instaladas em escolas do município, em um projeto-piloto, com objetivo de criar uma cultura de prevenção a desastres também nas crianças. O município receberá ainda mais quatro dessas estações para áreas onde serão instalados os prismas.

O município tem também um sistema de envio de mensagens para mais de 8 mil telefones cadastrados. “Recebendo algum alerta dos governos estadual ou federal, a Defesa Civil emite mensagens para as áreas com sirene ou áreas ainda sem bloco, informando sobre riscos, para que os moradores deixem as residências”. Serafim Filho destacou que antes da implantação das sirenes, esse sistema de mensagens via telefone conseguiu evitar a morte de 13 famílias no bairro de Santa Rita, onde ocorreu um deslizamento em 2013.

A prefeitura vem trabalhando também para evitar que as movimentações de terra aconteçam. Para isso, 29 projetos se encontram em andamento visando a contenção em áreas de risco, sendo que 12 desses projetos já têm verbas garantidas para execução. A expectativa é que as obras sejam iniciadas ainda este ano. O superintendente de Planejamento e Gerenciamento de Crises informou, ainda, que na região da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, onde estão as usinas nucleares Angra 1 e 2 e as obras da Usina Nuclear Angra 3, não existe área de risco.

Editor Aécio Amado
Creative Commons - CC BY 3.0

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