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Família de Jean Charles em memorial

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Morte de Jean Charles está impune há dez anos

Criado em 22/07/15 09h11 e atualizado em 22/07/15 10h26
Por História Hoje Fonte:Radioagência Nacional

Há dez anos, o brasileiro Jean Charles de Menezes foi morto pela polícia britânica da Scotland Yard, em um trem do metrô de Stockwell, em Londres.

Em 22 de julho de 2005, o jovem de 27 anos foi confundido com um terrorista árabe e baleado pelas costas com oito tiros, sete deles na cabeça.

A morte de Jean Charles levou 30 horas para ser oficialmente comunicada pela divisão de inteligência da polícia londrina.

Creative Commons - CC BY 3.0 - História Hoje: Morte de Jean Charles está impune há dez anos

A família dele protesta na Justiça europeia porque até hoje nenhum policial envolvido foi indiciado ou punido pelo caso. Nem a identidade do atirador revelada.

A conclusão do inquérito público que investigou as circunstâncias dizia que a Scotland Yard não poderia ser responsabilizada criminalmente pelo incidente. A justificativa era de que a morte do jovem latino-americano, ocorreu em um momento crítico para a segurança de Londres.

Duas semanas antes, mais de 50 pessoas tinham sido mortas e mais de 700 feridas em atentados a bomba no metrô da cidade. E, na véspera da operação em que o brasileiro foi executado, outra tentativa de atentado tinha ocorrido no sistema de transportes da capital inglesa.

A mãe de Jean Charles, a dona de casa Maria Otone de Menezes, diz que, os policiais erraram feio e foram incompetentes.

Em 2005, com a ajuda do governo brasileiro, os pais de Jean Charles foram para a Inglaterra e visitaram o local da morte e resolveram com rapidez os trâmites burocráticos, apesar da dificuldade financeira e da barreira do idioma.

No mesmo ano, a família foi indenizada pela Scotland Yard com 100 mil libras esterlinas, o equivalente a cerca de R$ 300 mil em valores da época.

Jean Charles era estudioso e trabalhador. De família simples, natural da zona rural de Gonzaga, cidade de menos de cinco mil habitantes no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.

A morte trágica do eletricista gerou filme, livro e um memorial espontâneo que foi criado por dois artistas locais e está instalado no local do crime.

Creative Commons - CC BY 3.0

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