one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Cesariana impossibilita contato da mãe com o bebê

Imagem:

Compartilhar:

Arthur Chioro diz que o Brasil vive epidemia de cesarianas

Criado em 21/08/15 13h52 e atualizado em 21/08/15 17h03
Por Vinícius Lisboa Edição:Armando Cardoso Fonte:Agência Brasil

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou hoje (21) considerar inadmissível a proporção de cesarianas realizadas no Brasil. Segundo ele, o país vive uma epidemia desse tipo de parto. 

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo ministério, em parceira com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados de 2013, 54,7% dos partos brasileiros são cesáreas, muito acima da recomendação de 15% da Organização Mundial de Saúde. Fora do Sistema Único de Saúde, a proporção chega a 88%.

Ministro da Saúde, Arthur Chioro

Para Arthur Chioro,cesariana ml indicada aumenta em três vezes o risco de mortalidade maternaArquivo/José Cruz/Agência Brasil

"Precisamos reconhecer que vivemos uma epidemia de cesarianas", afirmou Chioro. Sobre os riscos de uma cesariana mal indicada, o ministro informou que o governo não está lidando com um problema simples. "É um problema de saúde pública extremamente grave." O ministro afirmou que não se trata de criminalizar a cesariana, o médico ou a mulher no momento em que o parto é necessário.

Entretanto, esclareceu que a cesariana mal indicada traz 120 vezes mais riscos de prematuridade para a criança, aumenta em 24% o risco de mortalidade neonatal e aumenta em três vezes o risco de mortalidade materna.

Outro dado destacado pela pesquisa e pelo ministro revela que 53,5% das cesarianas realizadas no Brasil são marcadas com antecedência, antes que a mulher entre em trabalho de parto. Na rede particular de saúde, o percentual chega a 74,2%.

"O que se tem é um exagero. O que se tem é uma marcação inaceitável com antecedência, a fim de atender a outros interesses que não são os da natureza", acrescentou. "É inadmissível que tenhamos essa proporção."

Arthur Chioro disse que o momento é de profissionais, entidades médicas, universidades e o governo se apropriarem dos dados para planejar mudanças na organização e gestão dos serviços de saúde, inclusive dando mais multidisciplinariedade ao atendimento.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário