one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Imagem:

Compartilhar:

Municípios do Rio param serviços não essenciais em protesto pela falta de recursos

Criado em 24/09/15 18h16 e atualizado em 24/09/15 19h15
Por Alana Gandra Edição:Jorge Wamburg Fonte:Agência Brasil


Com a adesão de 35 dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro, até hoje (24) à tarde, a paralisação dos serviços públicos não essenciais por 24 horas está programada para a próxima segunda-feira (28), o que inclui escolas, postos saúde com atendimento ambulatorial, coleta de lixo em algumas localidades e a parte administrativa das atividades municipais.

O movimento é um protesto contra o “arrocho a que os municípios estão sendo submetidos, devido à redução dos repasses de recursos, principalmente federais”, segundo o presidente da Associação Estadual de Municípios (Aemerj), Anderson Zanon, que comanda o movimento e alega que a queda no Fundo de Participação dos Municípios, este ano, está quase inviabilizando a administração municipal.

A queda de arrecadação média nas cidades do estado, segundo a Aemerj, chega a cerca de 15%. Zanon adverte que nos municípios que têm direito a royalties do petróleo (valores pagos aos governos pelas empresas produtoras pelo direito de explorar o produto naquele território), a perda é maior porque os royalties também diminuíram.

Segundo o presidente da Aemerj, os prefeitos já fizeram os cortes pontuais que podiam, incluindo horas extras e combustível, redução do salário próprio e do secretariado: “Só que isso não está sendo suficiente. Nós estamos ficando em uma situação insustentável na administração municipal”.

Na terça-feira (29), um grupo de prefeitos tem encontro marcado com o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, que receberá uma pauta de reivindicações para encaminhamento ao governo federal.

Zanon afirma que não adianta “ir com o pires na mão pedir dinheiro ao governo federal, porque a gente sabe que o governo também, por causa desses cortes todos, não está com dinheiro disponível para repassar imediatamente”.

Os prefeitos vão pleitear, por exemplo, que a iluminação pública fique fora do critério de bandeiras tarifárias. A medida foi adotada pelo governo para estimular a economia de energia elétrica, devido à escassez de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas que levou ao maior uso de energia térmica no país.

Anderson Zanon argumenta que, para o consumidor residencial, é mais fácil reduzir o consumo e pagar menos na conta de energia, “mas na iluminação pública, não tem como economizar. Só se apagar as luzes da cidade. Aí, entra a questão da segurança”. Outra reivindicação é que o governo reduza um pouco os juros da dívida dos municípios: “Não é deixar de pagar a dívida. Não é calote; é negociar para dar um pouco de folga aos municípios nesse momento de dificuldades”.

Na segunda-feira, serão discutidas e elaboradas outras reivindicações para serem levadas ao governo. Por ter uma realidade diferente, mais complexa, e estar voltado para os preparativos dos Jogos Olímpicos de 2016, o município do Rio de Janeiro, apesar de pertencer à Aemerj, não participará do movimento, informou Zanon.


 

 

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário