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Importância da mídia no debate sobre clima é tema do Observatório da Imprensa

Criado em 05/11/15 22h42 e atualizado em 05/11/15 22h45
Por Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil Edição:Nelio Neves de Andrade Fonte:Agência Brasil

Às vésperas da 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 21), que ocorre de 30 de novembro a 11 de dezembro, em Paris (França), o programa Observatório da Imprensa, da TV Brasil, debate nesta quinta-feira (5) o papel da mídia na apuração e reflexão sobre as mudanças climáticas. O programa é apresentado pelo jornalista Alberto Dines e vai ao ar às 23h.
Para falar sobre o assunto, foram convidados o economista e ambientalista Sergio Besserman; o biólogo Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima; e a matemática Thelma Krug, vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, na sigla em inglês).

Segundo a professora Thelma Krugg, também pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, é quase certo que seja fechado algum acordo na COP 21, mesmo que não o idealizado pelos cientistas e ambientalistas. Para ela, do ponto de vista dos negociadores que estarão em Paris, “eles já acordaram com uma meta de longo prazo que seria ter um aquecimento de no máximo dois graus em relação ao nível pré-industrial”.

Telma acredita que o encontro de Paris vai trazer o compromisso de engajamento de todos os países, sejam eles industrializados, desenvolvidos ou em desenvolvimento, nos esforços de redução de emissões gases poluentes de uma forma global.

Sobre as negociações para redução dos efeitos das mudanças climáticas, o secretário executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, destacou os anúncios bilaterais já feitos por países importantes, que estimula a movimentação de outros governos. Desde o ano passado, segundo ele, existe essa aproximação entre Estados Unidos e China. “Junta-se a esse movimento anúncios relevantes, como a do papa Francisco, que lançou a sua encíclica com esse engajamento. Isso traz um impulso que leva a uma movimentação de vários outros países”,  disse.

Rittl cita também a posição firme anunciada pela União Europeia, as metas colocadas pelo Brasil e as reuniões bilaterais que os Estados Unidos fizeram, entre eles com o Brasil e a Índia, bem como as declarações conjuntas do Brasil com a China, a Alemanha e os Estados Unidos.

Já o economista Sergio Besserman, lembrando Karl Marx e Friedrich Engels (fundadores do marxismo), disse que a história ensina como sair de uma crise, como a que o mundo vive atualmente, e que a tecnologia aponta para o baixo carbono. “Nós só saímos da crise de 1929 por conta de toda a tecnologia norte-americana que se disseminou pelo mundo gerando investimento. A nova revolução tecnológica é a do baixo carbono”, disse.

Quanto à questão social envolvida no debate do aquecimento global, Besserman lembra que o Banco Mundial divulgou um documento há seis meses em que aponta as mudanças climáticas como ameaça a todos os ganhos contra a pobreza dos últimos 30 anos, “que foram os anos mais generosos nesse ponto de vista”, segundo ele. 

Durante a participação no programa Observatório da Imprensa, os três entrevistados destacaram, principalmente, o papel da mídia em esclarecer para a população o que significa o aquecimento global e quais os impactos que as mudanças climáticas têm no dia-a-dia do cidadão, além de traduzir as discussões de Paris, que envolvem conceitos complexos econômicos e científicos.

 

Editor Nelio Neves de Andrade
Creative Commons - CC BY 3.0

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