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Imagem: Agência Brasil

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Prisões de suspeitos de terror alertam sobre conexões pela internet, diz cientista político

Criado em 21/07/16 21h25 e atualizado em 21/07/16 21h42
Por Luiz Claudio Ferreira Edição:Fernanda Duarte

A prisão de 10 brasileiros por suspeita de terrorismo, nesta quinta-feira (21), trouxe mais uma vez à tona a possibilidade da utilização de ferramentas digitais e da internet para organização, planejamento e prática de crimes. De acordo com investigações da Polícia Federal, na operação "Hashtag", os suspeitos comunicavam-se por aplicativos de mensagens, como Whatsapp e Telegram. Para o cientista político Heni Ozi Cukier, professor de relações internacionais e pesquisador na área de risco político global, a descoberta das autoridades brasileiras é preocupante. "A internet permite que pessoas que não tenham relação com esses grupos ligados ao terrorismo possam ser conectadas por defensores dessa ideologia", disse.

Segundo o especialista, ao mesmo tempo que os meios digitais facilitam contatos de grupos organizados ou amadores, os investigadores brasileiros conseguiram passar um recado "importante" tanto no âmbito interno como para o exterior. "Entendo que essas prisões tenham efeitos de dissuasão. Mostram a essas pessoas: 'não brinquem com isso porque nós estamos atentos'. Claro que ficou mais claro que o monitoramento é rigoroso", apontou.

Durante o dia, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ressaltou que os suspeitos não tinham contato pessoal, mas só pela internet, deixaram transparecer que haviam passado da fase de simples comentários sobre atos terroristas do Estado Islâmico para a fase de "atos preparatórios", o que justificou a prisão.

Para Heni Ozi Cukier, o efeito dessas prisões é bastante positivo ainda que se tenha chegado à conslusão de que se trata de um grupo desorganizado e amador. "Essas capturas de informações são normalmente feitas em sigilo. Quando vem a público, existe um significado também". O fato pode mostrar para a sociedade que os investigadores estão trabalhando com monitoramento de suspeitos em vista do evento global no país.

Novo cenário

O cientista político explica que a realização dos Jogos Olímpicos ocorre em um cenário diferente do momento da Copa do Mundo de 2014. Foi no final do mês de junho daquele ano que o Estado Islâmico proclamou seu califado e, desde então, orienta "soldados jihadistas" numa "guerra  santa" a atacar o Ocidente. "É necessário maior atenção também por conta dessa nova situação"

Creative Commons - CC BY 3.0

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