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Prato de comida

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Moradores do Complexo do Alemão vão participar de programa para evitar obesidade e desnutrição

Criado em 25/04/13 09h02 e atualizado em 25/04/13 09h09
Por Cristina Indio do Brasil Edição:Talita Cavalcante Fonte:Agência Brasil

Prato de comida
Participantes vão receber informações de como aproveitar e selecionar melhor a qualidade dos alimentos que são ingeridos (Lucas Lopez / Creative Commons)

Rio de Janeiro - Jovens da comunidade do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, vão receber hoje (25) orientações de reeducação alimentar para evitar a obesidade e a desnutrição. O Programa Meu Prato Saudável, implantado pela primeira vez em São Paulo, em uma parceria entre o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e a LatinMed Editora em Saúde, vai ser levado, durante todo o dia, aos alunos da Escola Estadual Tim Lopes. No Rio, contará também com o apoio da ONG RioSolidário.

Segundo a diretora executiva do programa, Elisabete Fernandes, serão atendidos 800 adolescentes de 15 a 18 anos. "Já sabemos que há um aumento de sobrepeso e obesidade nesta população, mas vamos medir, pesar e tirar a medida da cintura abdominal, que é um excelente indicador de problemas cardíacos.”

Uma das finalidades, segundo ela, é reformular o cardápio da hora do almoço. O chefe de cozinha Roland Villard vai estar presente com dois auxiliares. “E depois a gente vai entregar um manual de cardápio, com os mesmos ingredientes a que a escola está habituada, só que as receitas são adaptadas para serem mais saudáveis", disse.

Durante as atividades, os alunos vão receber representações, em resina, dos alimentos e serão orientados a montar os pratos com alimentos que costumam comer. As nutricionistas que estarão no local vão informar o que está certo e errado na alimentação e se a quantidade está adequada. "Esta questão de sobrepeso e da obesidade também é por causa da quantidade [de comida] que as pessoas colocam nos pratos. Muitas vezes, colocam muito arroz ou muita batata, então, no programa a gente faz uma orientação do que colocar no seu prato", explicou Elisabete.

No Alemão, serão dois dias de atividades. Amanhã (26), haverá um encontro com adultos e crianças no Espaço Democrático de União, Convivência, Aprendizagem e Prevenção (Educap) e, no sábado (27), um mutirão na estação Palmeiras do Teleférico do Alemão. Em todos eles os participantes vão receber informações de como aproveitar melhor a qualidade dos alimentos, quais são os mais saudáveis, as combinações necessárias, que tipo de alimentação deve ser evitada e quantidade de comida que devem colocar nos pratos.

A diretora executiva do programa destacou que, pela primeira vez, será feito o teste de bioimpedância nos participantes. Segundo ela, o teste que custa R$ 120 em clínicas particulares, será aplicado, gratuitamente, nos moradores do Complexo. Ele mede o valor das massas magra e gorda e, de acordo com a médica, poucas pessoas têm condições de fazer o teste. "Uma pessoa que tem o índice de massa corporal [IMC] dentro do normal pode ter gordura acumulada em locais perigosos e não saber disso. Pode ter gordura localizada na área da cintura, o que é muito perigoso.”

A Rocinha, na zona sul do Rio, será a próxima comunidade a receber o programa. Segundo a médica, a data ainda não foi definida, mas ela espera que seja ainda no primeiro semestre deste ano. Para a diretora presidente da RioSolidário, Daniela Pedras, a reeducação alimentar não tem tem como foco apenas a obesidade, mas, principalmente, a saúde. Ela acredita que o programa pode ser estendido a outras comunidades. "A campanha vai começar pelo Alemão que é uma comunidade muito grande e que vai receber muito bem esse projeto. O RioSolidário vai ampliar os programas nas suas creches da Cidade de Deus, da Maré e do Batam", explicou.

A diretora executiva do programa alertou que, em São Paulo, a pesquisa feita com 3 mil adultos que participaram das atividades do Programa Meu Prato Saudável indicou que 54% estavam acima do peso. Já a pesquisa feita com 500 alunos do Programa Meu Pratinho Saudável apontou que entre quatro crianças uma tem obesidade. " É um dado muito alarmante."

Edição: Talita Cavalcante

Creative Commons - CC BY 3.0

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