one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Mecanização de garimpos dificulta repressão da atividade ilegal

Imagem:

Compartilhar:

Mecanização de garimpos dificulta repressão da atividade ilegal

Criado em 15/08/12 17h51 e atualizado em 15/08/12 20h55
Por Carolina Gonçalves Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

Mecanização de garimpos dificulta repressão da atividade ilegal
A mecanização facilita a atuação clandestina nos garimpos (racismoambiental.net.br)

Brasília – O garimpo, como é praticado hoje na Amazônia, é caracterizado pela presença de grandes máquinas e equipamentos, diferentemente do que ocorria em épocas anteriores. A imagem clássica do garimpeiro romântico deu lugar a estruturas de grande porte, comandadas por investidores, muitas vezes, desconhecidos.

“Hoje você tem os empresários garimpeiros, que é gente que tem dinheiro, que domina as áreas e que tem garimpo e usa a mão de obra dos pequenos [garimpeiros]. São grandes escavadeiras, tratores e caminhões. Hoje é uma mineração clandestina”, define o geólogo Elmer Prata Salomão, presidente da Associação Brasileira de Pesquisa Mineral.

Leia também:

Amazônia abriga terceira corrida do ouro no Brasil

Bamburrou! O grito que ecoa as distorções da Amazônia brasileira

Garimpos clandestinos levam devastação à Amazônia Legal

Mato Grosso e Pará concentram maior parte dos garimpos clandestinos

Operação desativa garimpo de diamante em reserva de Rondônia

Polícia Federal aumenta combate ao garimpo ilegal

Na primeira grande corrida do ouro, na época dos portugueses, predominantemente em Minas Gerais, e na segunda corrida, em Serra Pelada, o ouro estava “à flor da terra”, em plataformas mais superficiais de fácil retirada. Os dois eventos, que duraram pouco mais de dez anos, cada, exigiam menos mecanização e contavam com mão de obra mais submissa e menos especializada.

A nova faceta do garimpo, movido por estruturas de grande porte, como retroescavadeiras e outras máquinas e equipamentos, além de motores e aviões, e que hoje põe à prova o trabalho de fiscalização e repressão da atividade ilegal, começou a ganhar forma nos anos de 1980.

A mudança aconteceu no fim da segunda corrida do ouro, em Serra Pelada, no município de Curionópolis, no sul do Pará. A área de quase 5 mil hectares ficou conhecida como maior garimpo a céu aberto do mundo. Números oficiais indicam que 30 toneladas de ouro foram retiradas da região na época.

“Os anos 80 [do século passado] transformaram completamente o garimpo, que deixou de ser uma atividade manual e passou a ser mecanizada”, ressalta o presidente da Associação Brasileira de Pesquisa Mineral, Elmer Prata Salomão. Apesar da transformação, na época, o garimpo ainda acontecia nos aluviões - depósitos superficiais no leito e nas margens dos rios, que podiam ser explorados com facilidade pelos garimpeiros.

Edição: Nádia Franco

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário