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Alfabetização em mídia é tão importante como ler e escrever, defende especialista

Criado em 09/03/13 15h27 e atualizado em 09/03/13 15h48
Por Thais Leitão Edição:Talita Cavalcante Fonte:Agência Brasil

Criança joga em tablet
Capacitar crianças e adolescentes a lidar adequadamente com as ferramentas digitais e incentivar a reflexão sobre as produções das mídias é fundamental para a garantia dos direitos da infância e juventude na avaliação de especialistas que participaram do Seminário Internacional Infância e Comunicação - Direitos, Democracia e Desenvolvimento (Brad Flickinger/Creative Commons)

Brasília - Capacitar crianças e adolescentes a lidar adequadamente com as ferramentas digitais e incentivar a reflexão sobre as produções das mídias é fundamental para a garantia dos direitos da infância e juventude na avaliação de especialistas que participaram do Seminário Internacional Infância e Comunicação - Direitos, Democracia e Desenvolvimento.

O debate terminou ontem (8) e reuniu, por três dias em Brasília, pesquisadores e representantes de organizações ligadas ao tema. Ao participar de uma das mesas de discussão, o consultor independente de mídia australiano Mike McCluskey, disse que a alfabetização em mídia é tão "importante como ler e escrever".

"É entender como o mundo moderno interage e usar o que já existe de maneira eficaz para consumir, publicar, participar de uma paisagem de mídia digital", enfatizou. O especialista acrescentou, no entanto, que os pais devem ficar atentos aos riscos a que as crianças estão expostas no ambiente cibernético.

Segundo ele, o público infantil precisar ser capacitado lidar com a falta de segurança na internet. "Na Austrália temos uma campanha que alerta as crianças do perigo de se meterem com estranhos. O mesmo se aplica ao mundo cibernético. Quantos pais deixariam seus filhos andando soltos, sozinhos em um shopping ou supermercado? Também não se pode deixar as crianças sozinhas na rede", argumentou.

Já a presidenta do Conselho Consultivo de Rádio e Televisão do Peru, Rosa María Alfaro, que também participou dos debates do seminário, ressaltou que uma pesquisa feita em seu país revelou que apenas 1,8% da oferta de programas de TV é dedicada a essa parcela do público. Mesmo assim, crianças e adolescentes assistem à TV, em média, três horas e meia por dia e 83% deles reclamam da exibição de imagens violentas.

"Verificamos que eles estão abandonados pelos meios e esse é um problema latino-americano. Não há programas de televisão dedicados a eles, sendo que a maioria tem conteúdo violento ou elementos sexuais. A sociedade está deixando a infância marginalizada em assuntos midiáticos", lamentou. "Isso acontece porque os enxergamos somente como vítimas e não como protagonistas da mudança", acrescentou.

Durante o encontro, a diretora do Conselho Nacional de Televisão do Chile, María Dolores Souza, cobrou maior pluralidade e diversidade nas produções midiáticas. Segundo ela, levantamento feito em seu país mostrou que 64% do público infantil dizem que as crianças e os adolescentes retratados na TV têm uma vida diferente da deles.

María Dolores também citou que há muitas críticas principalmente em relação à imagem de mulheres, que são retratadas como se "só quisessem fama, divertir-se de maneira sexy e com uma preocupação excessiva com o aspecto físico" e dos adolescentes, que costumam aparecer como "narcisistas e rebeldes".

"Em geral, o tratamento dado a determinados grupos sociais – como mulheres, indígenas e as próprias crianças – é cheio de estereótipos, o que faz com que eles não se vejam representados na mídia", ressaltou.

Edição: Talita Cavalcante

Creative Commons - CC BY 3.0

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