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Duque de Caxias - Um dia depois do temporal que castigou o distrito de Xerém, os moradores ainda contabilizam os estragos e tentam limpar casas e ruas invadidas por água e lama

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Chuvas em Duque de Caxias deixam dezenas de desalojados

Criado em 18/03/13 13h31 e atualizado em 18/03/13 19h40
Por Flávia Villela e Isabela Vieira Edição:Denise Griesinger Fonte:Agência Brasil

Duque de caxias
Arquivo: Duque de Caxias (Vladimir Platonow/ABr)

Rio de Janeiro – A prefeitura de Duque de Caxias, na baixada fluminense, confirmou que dezenas de pessoas estão desalojadas nos bairros de Xerém e Santa Cruz da Serra. Segundo o prefeito Alexandre Cardoso, entre 40 e 50 casas foram desocupadas às margens dos rios Capivari e Saracuruna. Duas igrejas funcionam como abrigos para receber quem teve de sair de casa.

“A gente não sabe de quantas casas as pessoas saíram. Primeiro, estamos vendo se pessoas permanecem em situação de perigo ou em casas com risco de desabamento para resgatá-las”, informou Cardoso. A prefeitura montou um gabinete de crise no centro da cidade para coordenar as operações de defesa civil e de assistência social. Não há relatos de mortos ou desaparecidos.

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Com as fortes chuvas na região serrana, os rios Capivari e Saracurana transbordaram na madrugada de hoje (18). Ruas e casas foram tomadas por lama em Xerém e Santa Cruz. Várias famílias tiveram que sair às pressas para salvar a própria vida.

É o caso da dona de casa Marlene Travassos Muniz, de 54, que teve a moradia alagada.“Perdi tudo, tudo perdido. Eu e minha filha perdemos as duas casas”, revelou Marlene, moradora de Xerém. Segundo ela, por sorte, o marido enfermo está internado e não estava em casa quando a água subiu. Ela procurava abrigo quando foi abordada pela reportagem.

Debaixo de chuva, com a roupa do corpo, se protegendo sob um guarda-chuva, o aposentado de 72 anos, Marcelino Barbosa, perdeu a casa no início desta manhã, em Santa Cruz, em decorrência da cheia do rio Saracuruna. “A água veio de uma vez e cobriu todo o primeiro andar, quase chegou no segundo”, afirmou Barbosa, que mora sozinho e saiu às pressas.

Em muitos pontos a água atinge a altura da cintura e dezenas de casas estão alagadas. As pessoas que conseguiram escapar se abrigaram na casa de vizinhos esperando que a água volte ao nível normal. Quem não teve a casa inundada oferece água e almoço para os vizinhos.

De acordo com o prefeito, além da chuva forte, contribuiu para a cheia dos rios, a tempestade que caiu em Petrópolis e cuja água escorreu para a baixada. “Choveu 400 milímetros em três dias em Petrópolis e, quando chove lá, a água desce para cá”, explicou Cardoso.

Na cidade serrana de Petrópolis, subiu para dez o número de vítimas de deslizamento de encostas em decorrência das fortes chuvas e cheia dos rios Quitandinha e Piabinha. Segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil, entre as vítimas estão dois técnicos da defesa civil municipal.

A Cruz Vermelha do Rio de Janeiro enviou água e materiais de higiene pessoal para a serra.


Edição: Denise Griesinger

Creative Commons - CC BY 3.0

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