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Polícia age intensivamente em regiões São Paulo

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Pesquisa conclui que policiais no Rio são vítimas de assédio sexual e moral

Criado em 08/03/13 15h55 e atualizado em 08/03/13 16h31
Por Isabela Vieira Edição:Tereza Barbosa Fonte:Agência Brasil

Polícia age intensivamente em regiões São Paulo
Mulheres na polícia tendem a sofrer assédios moral e sexual (Marcelo Camargo/ABr)

Rio de Janeiro- As mulheres entraram para instituições de segurança pública estaduais na década de 1980. No estado, a incorporação delas à Polícia Militar completa 30 anos. No entanto, nesses anos, as corporações não se adaptaram para lidar com as diferenças entre os gêneros em termos de equipamentos, direitos e para enfrentar as práticas de assédio sexual e moral.

A constatação é da pesquisa Mulheres na Segurança, do Ministério da Justiça. Divulgado em fevereiro, o levantamento nacional revela os problemas que as policiais civis e militares, inclusive dos corpos de bombeiros têm nas instituições de segurança fluminense, estado pioneiro na promoção de mulheres as cúpulas da Polícia Civil e Militar e entre os três estados com mais mulheres nas corporações.

Com cerca de 10% de mulheres entre os policiais militares 16% entre os bombeiros, as declarações dadas pelas entrevistadas ao MJ revelam o ambiente sexista no qual estão inseridas. “Sempre é muito difícil comunicar assédio moral por conta do corporativismo dos superiores e da omissão dos companheiros, que temem represálias”, disse uma escrivã fluminense.

De acordo com a pesquisa, as instituições não oferecem apoio para vítimas de assédio e canais de denúncia confiáveis, “que não resultem em novas punições e constrangimentos para vítimas”. Outro problema apontado no encaminhamento das denúncias “é a remoção da pessoa assediada, nunca a da que assedia”, o que acaba revertendo a punição, afirma o levantamento.

“As mulheres na polícia tendem, não a esconder, mas a não falar (sobre os assédios) porque isso pode significar um rebaixamento ou perseguição”, disse a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, citada na pesquisa, Maria Cecília Minayo. “As instituições não assumem o problema porque as mulheres não dão queixa. Mas elas não dão queixa porque têm medo”, explicou.

Cecilia Minayo acrescentou que, no Rio, os problemas são apresentados as chefias. “É mais fácil para os pesquisadores colocar o dedo nessa ferida (do que para essas mulheres”. E cobrou  apoio da sociedade por melhores condições de trabalho e salários tanto para mulheres quantos homens policiais. “Eles não são robôs. Não podemos cobrar apenas desempenho”.

Até a publicação desta notícia, a Polícia Civil não resapondeu à Agência Brasil sobre a participação de mulheres em seus quadros no Rio nem sobre possíveis casos de assédio sexual, moral ou comportamento discriminatório na corporação.

Edição Tereza Barbosa

Creative Commons - CC BY 3.0

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