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Rio de Janeiro - Simulação planejada do Exército e da Guarda Municipal para conter manifestações com o objetivo de primar pela segurança do Maracanã

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Exército faz simulação para conter manifestações

Criado em 29/05/13 16h50 e atualizado em 29/05/13 17h13
Por Isabela Vieira Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência Brasil

Exército faz simulação tática no Maracanã
Rio de Janeiro - Simulação planejada do Exército e da Guarda Municipal para conter manifestações com o objetivo de primar pela segurança do Maracanã (Tânia Rêgo/ABr)

Rio de Janeiro - Para conter possíveis manifestações consideradas fora de controle pela Guarda Municipal nas entradas do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, o Exército simulou hoje (29)  uma tática de dispersão com o uso de cães. A força ficará responsável por intervir no acesso da ala leste do estádio, enquanto a Polícia Militar garante o acesso oeste.

Cerca de 150 soldados do 1º Batalhão de Guardas, que fica em São Cristóvão, foram convocados para simulação. Eles fazem parte da equipe de 800 homens que estarão disponíveis nos dias de jogo no estádio, começando pelo amistoso entre Brasil e Inglaterra neste domingo (2). Os militares ficam no quartel até serem requisitados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública.

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Equipados com escudos, cassetetes, roupas com proteção de borracha, armas letais e não letais, como granada de luz e som e balas de borracha, os militares mostraram uma tática em que liberam cachorros da raça Pastor Alemão contra os manifestantes. Se fracassar a tentativa da Guarda de conter torcedores, os militares fazem uma formação em linha de onde soltam os cães.

Responsável pela operação, o general José Alberto Abreu, explicou que os animais obrigam que o grupo de manifestantes retroceda. “O cachorro faz parte da tropa e o manifestante, qualquer que seja, teme o cachorro”, declarou. “A finalidade não é, especificamente, agredir, mas o cumprimento da missão [de desobstrução do acesso]”.

O emprego da força policial na repressão a manifestações tem sido questionada no Rio depois das imagens da desocupação do Museu do Índio, em março, e do protesto feito durante o jogo teste no Maracanã, em abril. À época da desocupação, a  Defensoria Pública da União (DPU), que estava no local, cogitou entrar na Justiça contra a Polícia Militar.

Para o Movimento o Maraca é Nosso e  o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, que têm articulado as principais manifestações na cidade, há abuso da força. “Têm sido usadas estratégias violentas contra manifestações pacíficas. Temos farto material audiovisual sobre isso”, disse o pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Gustavo Mehl, dos dois grupos.

“Essas estratégias militares de repressão nos preocupa muito. A gente se pergunta, como vai ser, na Copa do Mundo, uma ação desproporcional contra o direito de protestar pacificamente?”, questionou o representante do Movimento Maraca é Nosso e do Comitê Popular, que criticam o caráter comercial da licitação do estádio e a demolição de centros esportivos no entorno.

Além de controlar os acesso, o Exército pode substituir, se acionado, seguranças privados dentro do estádio. Na parte interna, podem atuar 150 militares disfarçados.

 

Confira o vídeo exibido na ONU sobre remoções feitas por causa da Copa

 

 

Edição: Fábio Massalli

Creative Commons - CC BY 3.0

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