one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Índios Terenas, em Mato Grosso do Sul.

Imagem:

Compartilhar:

Índios ainda ocupam quatro fazendas de Mato Grosso do Sul

Criado em 17/05/13 14h00 e atualizado em 17/05/13 14h11
Por Alex Rodrigues Edição:Talita Cavalcante Fonte:Agência Brasil

Terenas
Índios Terenas, em Mato Grosso do Sul. (Valter Campanato/ABr)

Brasília - Índios terenas continuam ocupando quatro fazendas na cidade de Sidrolândia (MS), a 60 quilômetros da capital do estado, Campo Grande. As três primeiras propriedades (fazendas Santa Helena, Querência e Buriti) foram ocupadas durante de quarta-feira (15). A Fazenda Cambará foi ocupada ontem (16).

Policiais federais deslocados da capital monitoram a situação de perto. Até esta manhã, a Justiça Federal em Campo Grande já havia determinado, em caráter liminar (ou seja, antes que o mérito do pedido de reintegração de posse seja analisado), que os terenas deixem as fazendas Buriti e Cambará.

Leia também:

Indígenas invadem fazenda em Mato Grosso do Sul

Em sua decisão, o juiz da 1ª Vara Federal em Campo Grande, Renato Toniasso, concedeu prazo de 48 horas para que os índios deixem as duas fazendas. No caso da Buriti, propriedade do ex-deputado Ricardo Bacha, o prazo termina às 15 horas deste sábado.

Segundo a assessoria da PF, as lideranças indígenas, ao serem notificadas da decisão, disseram que iriam recorrer ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo, para tentar reverter a sentença. Mas também se comprometeram a deixar a área pacificamente caso uma nova decisão não seja anunciada em tempo hábil. A Agência Brasil ainda não conseguiu falar com nenhum representante terena.

A ocupação das áreas particulares foi a forma escolhida pelos índios para pressionar as autoridades públicas a ampliar de 2 mil hectares para 17 mil hectares a Aldeia Indígena Buriti, onde, segundo a Funai, vivem cerca de 5 mil índios. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial.

Em 2011, a Fundação Nacional do Índio (Funai) reconheceu como território tradicional indígena os 17 mil hectares reivindicados pelos índios. Fazendeiros que ocupam a área, em alguns casos há décadas e regularizados, conseguiram que a Justiça Federal em Campo Grande anulasse os processos de reconhecimento e homologação. Contrário à suspensão, o Ministério Público Federal (MPF) recorreu então ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, em São Paulo.

Em um primeiro momento, o TRF reconheceu a validade dos estudos da Funai, admitindo que a área pertencia aos terenas e determinou que o processo demarcatório fosse concluído. Fazendeiros voltaram a apresentar recurso contra a decisão e, desde então, o processo está parado, dependendo de uma nova análise do TRF.

Em nota, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel, lamentou a situação. “O que está acontecendo em Sidrolândia é mais um episódio de uma condição que se mostra insustentável. Viemos denunciando e alertando sobre a violência crescente e estamos temerosos em relação ao que possa acontecer daqui para frente.”

Edição: Talita Cavalcante

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário