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Rio de Janeiro - A prefeitura de Duque de Caxias começou hoje (9) a demolir casas construídas irregularmente na Cidade dos Meninos, terreno da União que está contaminado pelo pesticida BHC, popularmente conhecido como pó de broca.

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Inea divulga relação de 160 terrenos contaminados por substâncias químicas

Criado em 26/06/13 14h46 e atualizado em 26/06/13 14h54
Por Flávia Villela Edição:o Fonte:Agência Brasil

Demolição de casas irregulares em terreno contaminado por pesticida
Rio de Janeiro - A prefeitura de Duque de Caxias começou a demolir casas construídas irregularmente na Cidade dos Meninos, terreno da União que está contaminado pelo pesticida BHC, popularmente conhecido como pó de broca. (Tânia Rêgo/ABr)

Rio de Janeiro - O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) divulgou pela primeira vez hoje (26), em documento publicado no site, os terrenos no estado do Rio que estão contaminados por substâncias químicas. Dos 160 terrenos identificados pelo órgão, 53% estão contaminados com resíduos da atividade de postos de gasolina e 41% de indústrias.

As atividades viação e aterros de resíduos sólidos são responsáveis por 3% das contaminações, cada uma. A maior parte está concentrada no entorno na Baía de Guanabara e na Baixada Fluminense. Dessas áreas, 67 ainda estão sob investigação e 64 estão sob intervenção, porque foi constatado risco à saúde humana. O restante está sendo monitorado para ser reabilitado (14%) ou foi reabilitado (4%), após o perigo ter sido eliminado e o local aprovado pelo Inea para reutilização.

De acordo com a presidenta do Inea, Marilene Ramos, a Cidade dos Meninos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é a região contaminada mais preocupante, onde moram cerca de 2 mil pessoas em contato com o pesticida BHC, conhecido como pó de broca. A previsão anunciada no mês passado pela prefeitura é que os moradores serão transferidos até 15 de julho para apartamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida.

“Grande parte do material contaminado foi retirado, mas o local continua contaminado e depende do Ministério da Saúde se ter uma solução para aquela área. Ali havia uma fábrica de inseticida de propriedade do ministério que foi fechada e os resíduos abandonados ali”, informou a presidenta do Inea.

A fábrica foi desativada em 1954 e o pó acabou sendo utilizado para pavimentar ruas e na agricultura. A exposição ao pesticida pode causar doenças endócrinas, má-formação congênita, abortamento espontâneo, doenças neurológicas e câncer.

As tabelas do documento Gerenciamento de Áreas Contaminadas do Estado do Rio de Janeiro, uma para postos de combustíveis e outra para indústrias, identificam o uso atual do solo contaminado, localização, meio impactado (solo e água subterrânea), tipo de poluente, entre outros detalhes.

A relação de terrenos afetados, entretanto, não reflete a quantidade real de áreas contaminadas no Rio. A presidenta do Inea explicou que existem muitas propriedades abandonadas ou subutilizadas, cuja reutilização é dificultada pela presença real ou potencial de substâncias perigosas, poluentes ou contaminantes.

“O cadastro será constantemente atualizado à medida que os dados forem levantados e as informações estiverem consistentes para serem publicadas no site”, informou ela.

A divulgação é uma exigência do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) que publicou em 2009 a Resolução 420 que obriga os órgãos ambientais competentes a darem publicidade às informações sobre áreas contaminadas e principais características.

Edição: Davi Oliveira

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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