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Estrada de Ferro Carajás

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Índios interditam Ferrovia Carajás novamente em protesto pelas condições de atendimento à saúde,

Criado em 10/07/13 17h03 e atualizado em 10/07/13 17h13
Por Luciano Nascimento Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

Estrada de Ferro Carajás
Estrada de Ferro Carajás (TV Brasil - EBC/Creative Commons)

Brasília – Índios de diversas etnias bloquearam novamente, na noite passada, a Estrada de Ferro Carajás, em protesto pelas condições do atendimento à saúde indígena no Maranhão. O bloqueio ocorre em trecho próximo à Aldeia Maçaranduba, no município de Alto Alegre do Pindaré, a cerca de 300 quilômetros da capital, São Luís. A mobilização reúne cerca de 200 índios das etnias Krenjê, Tenetehara, Awá-Guajá, Apãniekra, Ramkokramekra, Gavião e Krikati.

Para os índios, a ocupação da ferrovia é a única forma de obter uma resposta do Poder Público. Esta é a segunda vez, em menos de uma semana, que os índios bloqueiam a ferrovia. Eles alegam que o governo federal ainda não atendeu suas reivindicações de melhorias na área de saúde.

As más condições de saúde levaram os índios, no último dia 24, a ocupar a sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em São Luís, onde permaneceram durante dez dias. Entre as reivindicações, está a substituição dos coordenadores do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), Licínio Brites Carmona e Antônio Isídio da Silva, sob o argumento de que eles não levam em consideração as demandas dos líderes indígenas. Na última quinta-feira (4), os índios ocuparam a ferrovia, desocupada sábado (6), após acordo entre os líderes do movimento e representantes da Justiça, do Ministério Público Federal (MPF) e da Vale.

De acordo com a cacique da Aldeia Maçaranduba, Marcilene Guajajara, a Vale comprometeu-se a fazer a interlocução com o governo a respeito do pleito dos índios. O prazo para uma resposta, "positiva ou negativa", terminou ontem. "Nós já recorremos ao promotor, à Justiça, a tudo quanto foi gente, e eles só falam em reunião e nada de resolver a nossa situação. Sabermos que a Vale é um empresa muito grande, e que o governo escuta o que eles pedem", disse Marcilene à Agência Brasil.

Marcilente informou que os índios vão manter o bloqueio enquanto esperam um retorno do governo federal. "A gente pretende continuar com o bloqueio enquanto não houver negociação. Enquanto não vier uma pessoa para resolver o nosso problema, vamos ficar aqui. Nos dez dias em que estávamos em São Luís, seis índios morreram nas aldeias. Me diz se não é uma situação revoltante?", reclamou.

A Assessoria de Comunicação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), à qual o Dsei é subordinado, informou à Agência Brasil que o coordenador do distrito, Licínio Carmona, aguardará a realização de uma audiência pública, no dia 31, com participação da Advocacia-Geral da União e do Ministério Público Federal no Maranhão para debater a situação da saúde indígena no Maranhão.

Em nota, a Vale, proprietária da ferrovia bloqueada, diz que a manifestação não é direcionada à empresa. Segundo a empresa, os "indígenas reclamam que, até o momento, o Poder Público não atendeu a nenhuma de suas reivindicações por melhorias nas condições de saúde e educação". A nota da Vale destaca que não há, nesta quarta-feira, viagem no trem de passageiros e que está serviço não poderá ser prestado às comunidades enquanto a ferrovia permanecer interditada.

O texto diz ainda que a Vale já conseguiu, na Justiça Federal, decisão favorável à reintegração de posse.

Edição: Nádia Franco
 

Creative Commons - CC BY 3.0

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