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Sistema Cantareira tem sucessivas quedas

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Sistema Cantareira: entenda a crise hídrica em São Paulo

Criado em 14/05/14 14h38 e atualizado em 16/05/14 13h12
Por Renata Martins* Fonte:Portal EBC

Com o nível de água do Sistema Cantareira abaixo de 9%, começa a ser usada hoje (15) a reserva emergencial, o chamado volume morto. A água que que fica debaixo da tubulação dos reservatórios vai abastercer cerca de nove milhões de pessoas da região metropolitana de São Paulo.

Saiba mais: 

O que é o volume morto?
Vai faltar água?
Quem desperdiça mais água?

No Brasilianas.org da última segunda-feira (12), especialistas avaliaram os fatores que resultaram na maior crise hídrica já vivida em São Paulo desde 1931.  O jornalista Luis Nassif conversou com o presidente do Conselho Mundial da Água (WWC), Benedito Braga; o geólogo da empresa Servmar, Mateus Simonato e o coordenador do Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ, Paulo Canedo.

Assista o Brasilianas.org na íntegra:

Creative Commons - CC BY 3.0 -

“A anomalia climática sem igual,  o maior período crítico da história compreendeu foi de 1953 a 1956. Nessa estiagem que começou no final de 2013 temos um volume 30% mais abaixo do mínimo já observado naquele período”, disse Braga sobre a falta de chuvas em São Paulo.

“Se tivesse sido feito planejamento em São Paulo e tomado medidas antecipadas eventualmente o sofrimento teria sido atenuado”, disse o coordenador do Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ, Paulo Canedo.

De acordo com Benedito Braga, que já foi diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) , "houve planejamento já foi feito, desde de 2009, o problema é implemantar". 

Em 2004, ao ter renovada a outorga do Sistema Cantareira, a Sabesp se comprometeu em procurar novos mananciais para aliviar o sistema. Isso foi em 2004. Dez anos nos depois e com o resevatórios no fim, nenhuma obra foi concluída.

Em São Paulo, a falta de chuvas se repetiu nos últimos quatro anos. “Não foi a estiagem deste ano que provocou o agravamento completo e o colapso total do sistema. Ele já vinha de um nível baixo antes de ter seu pior indice pluvimetétrico”, disse geólogo da empresa Servmar, Mateus Simonato.  “A decisão de fazer obras deveria ter sido tomada nos dois primeiros anos de estiagem, pois o nível do Cantareira baixava bastante e recuperava muito pouco no ano seguinte”, complementou.

Aliado a falta de infraestrutura hídrica, a estiagem e a cultura de abundância, onde o consumidor não entende a água como um poduto raro, estão por trás do problema em São Paulo, diz Benedito Braga que já foi diretor da ANA. Para os especialistas, a legislação complexa legislação ambiental brasileira e diversidade de órgãos na área ambiental também dificultam a execução de projetos.

Vai faltar água?

Com objetivo de facilitar o monitoramento e contribuir com o debate sobre soluções para o problema da crise hídrica em São Paulo, a equipe do site ((o)) eco desenvolveu um aplicativo para web que permite a visualização da evolução dos níveis do Sistema Cantareira e de mais quatro mananciais. Com a ferramenta, também dá para acompanhar o volume de chuvas registrado a cada dia nos reservatórios:

 

O aplicativo desenvolvido pelo programador Miguel Peixe, de ((o))eco Lab, laboratório de inovações de ((o))eco. Clique aqui para acessar a página do projeto ou navegue na visualização abaixo.


Especialistas e autoridades divergem sobre quando essa reserva de água vai acabar. De acordo com Benedito Braga, o abastecimento dos moradores da região metropolitana de São Paulo está garantido até outrubro. Este é tempo de sobrevida que o uso do volume morto dá. “Depois disse é fechar a torneira e rezar para que chova em novembro”, disse Braga.

A Agência Nacional de Água (ANA) contabiliza que o volume pode durar até novembro.  Já o governo de São Paulo afirma que o abastecimento está garantido até março de 2015. Depois disso, há riscos objetivos da população ficar sem água. Cenas de casas sendo abastecidas com carros pipas poderão ser vistas em plena capital paulista. 

Sobre uma possível de falta de água durante o Copa do Mundo, o presidente do WWC afirma que nesse período, o abastecimento já estará sendo feito pelo volume morto e afasta a possiblidade do risco durante Mundial.

O que é o volume morto?

De acordo com  presidente do Conselho Mundial da Água (WWC), Benedito Braga, ao contrário do que o nome posso parecer, não tem nada a ver com água podre, morta ou estragada. O volume morto é um termo técnico da engenharia que significa água inativa.  É a água que ficou abaixo da última janela de captação do reservatório, mas está lá. No caso do Sistema Cantareira as bombas vão tirar 200 bilhões de litros de água de um total de 400 bilhões existentes.

Mas em audiência na Câmara dos Deputados, o superintendente de Regulação da Agência Nacional de Águas (ANA), Rodrigo Flecha, manifestou preocupação com os riscos ambientais de se usar o volume morto do Sistema Cantareira, pois não há conhecimento sobre os sedimentos que estão ali depositados. 

Para poder bombear a água do volume morto, o governo do estado precisou construir dois canais e instalar 17 bombas fazer uma orbra para colocalação de canos que custou cercar de R$ 80 milhões. 

Quem desperdiça mais água?

Para os especialistas que participaram do Brasilianas.org, é fundamental que a população faça o uso consciênte da água.  Há uma cultura de abundância no sudeste, consumidor não tem idéia de água é preciosa” afirma Benedito Braga.

Atualmente, a Sabesp adotou um programa de descontos para quem economiza água. O consumidor que reduzir em pelo menos 20% o consumo médio do período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014 terá um desconto de 30% na conta. O goveno de São Paulo agora ascena para possibilidade de multar quem aumentar o o consumo.

Mas Paulo Canedo lembra que a maior perda é dentro do sistema de água tratada, causada por vazamentos. Na Região Metropolitana de São Paulo, esse disperdício é de 27%, esse índice já foi de 40%. No Japão esse número está em torno no de 3%.

Saiba como economizar água


 

*Com informações do Brasilianas.org e da Agência Brasil

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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