one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Passeata no centro protesta pela liberdade e garantia dos direitos legais de 23 ativistas acusados de participar de atos violentos em manifestações no Rio de Janeiro

Imagem:

Compartilhar:

Movimentos sociais criticam processo contra ativistas no Rio

Criado em 24/07/14 22h18 e atualizado em 24/07/14 23h26
Por Vinícius Lisboa Edição:Luana Lourenço Fonte:Agência Brasil

Representantes de movimentos sociais condenaram hoje (24) o processo contra 23 ativistas acusados de associação criminosa no Rio de Janeiro, em entrevista coletiva que reuniu o grupo Tortura Nunca Mais, o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ), o Sindicato dos Petroleiros, a Frente Internacionalista dos Sem Teto, o Instituto dos Defensores dos Direitos Humanos (DDH). 

O recém-criado Comitê Popular Contra o Estado de Exceção, que anunciou que está convocando atos em várias partes do país para o dia 30 de julho, também participou da declaração.

"Isso só serviu para nos unir. Estávamos atuando cada um com seu movimento, tocando as suas estruturas. Agora, temos um fórum unitário e temos uma ação conjunta. Isso vai crescer", disse Liette Ornellas, que falou em nome do comitê, que reúne mais de 100 entidades dos movimentos sociais, entre coletivos, sindicatos e associações.

De acordo com Liette, haverá atos culturais ou passeatas no Rio de Janeiro, em São Paulo,  Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Vitória,  Curitiba,  Fortaleza,  Salvador e Vitória da Conquista (BA). "Por enquanto, o comitê é só do Rio, mas estamos nos organizando, porque a ideia é que seja nacional", adiantou.

Joana Ferraz, que representou o grupo Tortura Nunca Mais na entrevista, afirmou que a entidade mandou alertas para organizações nacionais e internacionais, afirmando que os 23 ativistas estão sendo perseguidos, torturados e obrigados a viver na clandestinidade. "O que nós queremos é a liberdade de todos eles, e anistia ampla, geral e irrestrita. Além disso, denunciar que habeas corpus é muito pouco", disse.

Coordenador do DDH, que teve advogados presos no inquérito, Thiago Melo disse que as acusações do processo são genéricas porque não há fundamentos para as acusações individuais e específicas. Ele também disse que as acusações são autoritárias e reclamou dos grampos telefônicos de linhas do instituto, que defende vítimas de violações praticadas por policiais. “É duplamente grave que isso tenha acontecido. A comunicação dos clientes com advogados tem que ser secreta”, avaliou.

"Temos uma tradução clara de que os movimentos sociais estão sendo interpretados pela polícia e pela justiça criminal como crime organizado", disse.

O Sindsprev-RJ distribuiu uma nota em que se posiciona sobre a acusação de ter financiado marmitas para manifestantes, afirmando que participa ativamente de todas as mobilizações populares e que apoia diretamente as mobilizações que questionam governos. "Em vez de atender às exigências da população, no entanto, a resposta dos governantes foi tratar os protestos como um caso de polícia", diz a nota.

Editor Luana Lourenço

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário