one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Em crianças, tumores dificilmente são localizados e o tratamento não pode ser feito com cirurgia.

Imagem:

Compartilhar:

Contadores de histórias amenizam tratamento de crianças com câncer no Rio

Criado em 28/08/14 19h33 e atualizado em 10/09/14 06h32
Por Agência Brasil Edição:Nádia Franco

Representantes do Instituto Rio de Histórias visitaram hoje (28), Dia Nacional do Voluntariado, o Hospital Estadual da Criança, voltado para cirurgias de média e alta complexidade  tratamento de crianças com câncer. Na visita, voluntários do instituto, que faz parte da Associação Viva e Deixe Viver, contaram histórias para as crianças internadas. O objetivo é alegrar o ambiente e mudar o cenário do hospital, situado em Vila Valqueire, na zona norte do Rio.

Leia mais notícias:

Vírus respiratórios podem ser a causa da morte de três crianças indígenas no Pará

O projeto faz parte da rotina do Hospital da Criança desde a sua inauguração, em março do ano passado, e tem contribuído para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus pais, diz a médica oncologista pediátrica Patrícia Moura, responsável pelo serviço. Além do Rio de Histórias, duas organizações não governamentais (ONGs), a Trupe Miolo Mole e a Sorrisoterapia estão presentes todas as semanas na unidade de saúde, que conta com um grupo de apoio às famílias dos pacientes formado por psicólogos, assistentes sociais, pedagogos e recreadores.

De acordo com a médica, contar histórias ajuda a reduzir o peso do tratamento das 75 crianças que estão internadas e fazem quimioterapia na unidade. "É um momento em que elas esquecem um pouco da doença, do tratamento, das agulhas e voltam a viver a realidade de uma criança que não está passando por um problema como esse",  disse Patrícia. Para ela, isso torna o tratamento mais fácil, menos sofrido. A unidade dispõe ainda de uma brinquedoteca móvel e promove diversas outras atividades, informou a médica hospital.

No decorrer do ano, os voluntários contadores de história visitam 24 hospitais na capital fluminense. De acordo com a fundadora do Rio de Histórias, Regina Porto, pesquisas mostram que esse tipo de atividade melhora o tratamento das crianças. "Pesquisas mostram que, com trabalhos de humanização nos hospitais, diminui a ingestão de remédios, as crianças esquecem um pouco da dor, do ambiente onde estão", ressaltou Regina. Segundo ela, atualmente, trabalhos voluntários voltados para a humanização na saúde são monitorados e sabe-se qual é o resultado antes e depois desse tipo de intervenção.

Uma das pacientes do Hospital da Criança é Sofia Queiroz, de 4 anos. Natural de Manaus, Sofia tem uma doença muito agressiva e rara, rabdomiossarcoma parameníngeo esquerdo, e já terminou o tratamento. Ela passa agora pelos procedimentos finais para entrar no controle por medicamentos orais. A mãe de Sofia, Lorena Cristal de Almeida Borel, conta que, no mês passado, elas foram para casa e a menina sentiu falta do hospital.

"Passamos 17 dias em Manaus e ela sempre perguntava: 'mamãe, quando a gente vai voltar?'. Ela adora e todo mundo gosta dela. As histórias dos contadores têm ajudado muito no tratamento dela e de outras crianças. Os palhaços da alegria também ajudam muito. As pessoas aqui se doam muito", enfatizou Lorena.

Adriele Sampaio da Silva é mãe de Lorena, de 7 anos, portadora de leucemia LMA, que está internada há um ano e um mês no hospital. "A Lorena gosta bastante das histórias e, quando o contador vem ao hospital, não deixa ele sair enquanto não contar umas três vezes a do Pinóquio, que é o preferido dela." Lorena confirmou que gosta de brincar e que a história preferida é a do Pinóquio. "Eu gosto de escutar a história do tio, é muito divertida. E eu vou ficar boa", afirmou.

Editora: Nádia Franco

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário