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Cerca de 2 mil famílias ocupam terreno próximo ao Itaquerão

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Famílias do Copa do Povo desocupam terreno e aguardam moradia regular

Criado em 31/08/14 17h11 e atualizado em 31/08/14 18h05
Por Camila Maciel Edição:Denise Griesinger Fonte:Agência Brasil*

As famílias que ocupavam desde o início de maio um terreno no bairro Itaquera, zona leste paulistana, deixaram hoje (31) o local com a promessa de que poderão voltar depois que um conjunto habitacional for construído no lugar. Para a retirada das barracas de lona, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que organiza a ocupação, promoveu um ato público. No início da tarde, manifestantes seguiram em caminhada em direção à Avenida Radial Leste. A organização estimou que 2 mil pessoas participaram da atividade.

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De acordo com o movimento, mais de 4 mil famílias foram cadastradas na ocupação Copa do Povo. O nome foi escolhido em referência aos jogos da Copa do Mundo de Futebol, que ocorreram um mês após a montagem da ocupação, a cerca de quatro quilômetros do Estádio do Corinthians. “Essa desocupação é voluntária e vitoriosa. Aqui as familias fizeram uma luta brava, uma resistência vitoriosa, que culminou em um acordo para que essa saída seja provisória”, comemorou Guilherme Boulos, um dos coordenadores do movimento.

A expectativa de Boulos é que sejam construídas entre 3 mil e 3,5 mil apartamentos na área que tem aproximadamente 150 mil metros quadrados. “Depende da aprovação do projeto de engenharia e arquitetura da obra, que já começou a ser feito”, explicou. O empreendimento será construído por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida em parceria com o MTST. Isso foi possível porque a dona do terreno, a empresa Inpar Projeto 47 (Viver Incorporadora), se comprometeu a vender a área em uma audiência de conciliação na justiça.

O acordo firmado entre a União, os governos estadual e municipal, além da empresa e do MTST foi objeto de questionamento pelo Ministério Público de São Paulo. No final de julho, uma ação civil pública movida pelo promotor Maurício Ribeiro Lopes, da Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital, disse que o movimento é "oportunista" e tem sido privilegiado pela prefeitura na fila por habitação da cidade. Boulos questiona a existência dessa fila. “O movimento trabalha com um programa legal e legítimo que é o Minha Casa, Minha Vida. Muitas familas da ocupação estavam cadastradas há 20 anos. O movimento está fazendo a fila andar”, declarou.

Os critérios a serem usados para atendimento das famílias são os que já estão definidos no programa federal, como renda familiar de até R$ 1,6 mil, prioridade para mulheres chefes de família, idosos e deficientes. Além desses, o MTST adota o critério de envolvimento dos sem-teto nas atividades do movimento.

*Colaborou a repórter Priscila Kerche, da TV Brasil

Editor Denise Griesinger

Creative Commons - CC BY 3.0

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