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Operação coordenada pelo MP do Paraná prende 18 suspeitos de desviar recursos

Criado em 06/08/14 16h46 e atualizado em 06/08/14 17h07
Por Alex Rodrigues Edição:Davi Oliveira Fonte:Agência Brasil

Dezoito pessoas foram presas, em caráter temporário, em operação deflagrada hoje (6) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Paraná, coordenado pelo Ministério Público Estadual. Denominada Operação Sucupira, a ação foi motivada pela suspeita de desvio de dinheiro dos cofres da prefeitura de São Jerônimo da Serra (PR), por meio de licitações públicas fraudulentas. Ainda não há estimativa do valor desviado.

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Entre os presos na operação estão dois filhos do prefeito Adir dos Santos Leite (PSDB), dois secretários municipais, três vereadores e empresários. A Justiça também concedeu 55 mandados de busca e apreensão e autorizou a quebra do sigilo bancário de 51 pessoas físicas e jurídicas. Policiais militares e civis estão cumprindo os mandados na sede da prefeitura e também em empresas e endereços associados aos investigados em Santa Cecília do Pavão, Maringá, São Sebastião da Amoreira, Fazenda Rio Grande, Pinhalão, Nova Santa Bárbara, Mandirituba, além de São Jerônimo da Serra.

Embora seja suspeito de chefiar o esquema e o Gaeco tenha pedido sua prisão preventiva, o prefeito Adir Leite não estava entre os procurados pela polícia, pois a Justiça não havia concedido mandado de prisão contra ele. Apesar disso, o prefeito acabou detido por porte ilegal de armamento depois que policiais encontraram três armas ilegais em sua casa – aonde haviam ido para prender seus dois filhos.

Após cinco meses de investigações, o Gaeco de Londrina (PR) e a Promotoria de Justiça de São Jerônimo da Serra concluíram que pessoas ligadas à prefeitura e empresários se uniram para desviar dinheiro público. Segundo o coordenador do Gaeco, o procurador de Justiça Leonir Batisti, a prefeitura autorizava o pagamento de despesas injustificadas, como a compra de combustível e o uso de maquinários, para fins pessoais.

Batisti também garante que foram encontrados indícios de que o Poder Executivo superfaturava contratos de serviços que eram terceirizados e realizados por valores bem abaixo do valor empenhado pela prefeitura. Para isso, as licitações eram forjadas a fim de beneficiar empresários que participavam do esquema. Além disso, os promotores também suspeitam que a prefeitura pagava com dinheiro público o apoio de vereadores aos seus projetos.

“Não temos dúvida quanto ao superfaturamento. Os serviços contratados poderiam ser feitos por preços bem abaixo dos pagos pela prefeitura”, afirmou Batisti à Agência Brasil. “Vamos terminar de cumprir os mandados de busca e apreensão, recolher documentos, computadores e outros objetos presumivelmente associados à fraude, ouvir os investigados, analisar os dados obtidos com a quebra dos sigilos bancários e identificar o papel desempenhado pelos participantes do esquema para então denunciar os que estiverem envolvidos”, disse Batisti. Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação e organização criminosa.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura de São Jerônimo da Serra, mas não conseguiu conversar com nenhum de seus representantes. Responsável por investigar e combater o crime organizado, o Gaeco é formado por representantes do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar e, no Paraná, pela Secretaria de Fazenda. Vinculado diretamente ao Procurador-Geral de Justiça do Paraná, o órgão goza de autonomia institucional.

Editor: Davi Oliveira

Creative Commons - CC BY 3.0

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