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Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo

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Apesar da chance remota de epidemia, hospital paulista tem plano contra ebola

Criado em 05/09/14 20h16 e atualizado em 05/09/14 20h36
Por Bruno Bocchini Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

Hospital Emílio Ribas
Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Foto: Agência Fapesp)

Apesar de ser muito remota a chance de uma epidemia de ebola no Brasil, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo, referência em diagnóstico e tratamento de doenças infectocontagiosas, apresentou hoje (5) orientações e um plano de contingência da doença a organizações não governamentais e entidades que trabalham diretamente com imigrantes.

Os refugiados ou imigrantes que chegarem dos países africanas com surto da doença (Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa) deverão ser acompanhados pelas entidades por 21 dias, com duas medições diárias da temperatura corpórea para a aferição de febre – principal sintoma da doença. Em caso positivo, o serviço de saúde deve ser acionado e notificar o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), da Secretaria de Saúde.

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“A partir do momento em que o paciente cumpra os critérios de caso suspeito de ebola, nós vamos buscá-lo no local com um grupo de resgate de urgências do estado, preparado para resgatar pessoas com alto risco de transmissão no período da Copa [do Mundo]”, destacou a médica do CVE, Gizelda Katz.

“Nós aqui, internamente, vamos trabalhar com proteção máxima, com sala e antessala de isolamento. O equipamento médico consta de macacão fechado com gorro, duas luvas sobrepostas, duas botas sobrepostas, material impermeável, óculos, máscara e, por cima, um visor. Dessa forma a equipe está protegida”, ressaltou o diretor técnico do Hospital Emílio Ribas, o infectologista Luiz Carlos Pereira.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Medicina do Viajante daquele hospital, Jessé Reis Alves, o vírus só é transmitido quando a pessoa infectada está manifestando os sintomas da doença, o que facilita o controle da disseminação. Os sintomas podem aparecer até 21 dias após o contágio, mas normalmente se manifestam no sexto ou sétimo dia após a infecção. Como as fronteiras dos países onde há surto estão fechadas, e não há voos diretos para o Brasil, as chances de o vírus chegar ao país são remotas.

Uma pessoa que vem da África para o Brasil gasta bastante tempo, pois não temos voos diretos para os países afetados. Quase todos os voos da Costa Oeste africana vão primeiro para África do Sul, e depois é que vêm para cá, explicou.

Para a educadora Isabel Abalos, do Centro Social Nossa Senhora Aparecida, que recebe imigrantes africanos, havia dúvidas sobre como proceder com os casos suspeitos. “O que nos preocupava é que os africanos estão chegando ao Brasil, e eles transitam pela África; e a notícia estava avançando, o que nos deu essa motivação para pedir esclarecimentos ao Emílio Ribas”, disse. “Agora sei que posso telefonar e tenho de controlar a temperatura da pessoa”, acrescentou.

O ebola não é transmitido pelo ar e nem pela água. O contágio ocorre no contato com fluidos corporais da pessoa infectada. Além da febre, os sintomas são dores de cabeça, dores musculares, fraqueza, diarreia, vômitos, dores abdominais, perda de apetite e sinais de sangramento nas mucosas e nas fezes.

Editor Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

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