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Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro

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Livro diz que 94% dos moradores das favelas do país se dizem felizes

Criado em 14/09/14 14h55 e atualizado em 14/09/14 16h45
Por Alana Gandra Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência Brasil

Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro
Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro (Dhani Borges/Creative Commons)

Uma pesquisa feita em 63 favelas de 35 cidades do país mostrou que 94% dos moradores das favelas se dizem felizes e dois terços não sairiam da favela nem que sua renda dobrasse. E eles também são bastante críticos em relação à qualidade ou à falta de serviços públicos. A pesquisou foi transformada no livro  Um País Chamado Favela, lançado oficialmene hoje (14) no Rio de Janeiro.

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Um País Chamado Favela traz a mais ampla pesquisa já feita sobre as favelas brasileiras. Um exemplar foi entregue pelos autores Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas (Cufa), e pelo presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves.

A radiografia que deu origem ao livro abrangeu uma amostra de 63 favelas de 35 cidades de todo o país. Foram entrevistadas 2 mil pessoas, disse à Agência Brasil um dos autores, Renato Meirelles. O livro já foi entregue aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva  e será entregue a todos os presidenciáveis das eleições de outubro. “A gente acredita que o debate da favela não pode ser bandeira de partido A, B ou C. Tem que ser bandeira da sociedade brasileira em uma discussão de política pública, independente do governante que estiver ocupando o cargo público”, disse Meirelles.

Os dados sócio-demográficos indicam a existência, no país, de 12 milhões de pessoas morando em favelas, o que seria o quinto maior estado do Brasil. “São [espaços] eminentemente urbanos e 89% estão em regiões metropolitanas. A favela é um fenômeno das grandes cidades”. Segundo Meirelles, a pesquisa  identifica que os moradores das comunidades carentes são, em geral, mais negros e jovens.

Por outro lado, eles são bastante críticos com relação  à qualidade dos serviços públicos. “A renda na favela melhorou, mas a qualidade dos serviços públicos ainda não melhorou na mesma  velocidade que a renda, por mais que tenha havido avanços”, argumentou.

Segundo Meirelles, segurança e infraestrutura, onde entra  saneamento básico, iluminação, saúde e regularização fundiária, são pontos importantes. Mas a favela também se ressente de outras coisas, como, por exemplo, um número maior de creches. Isso se justifica pelo maior número de mães chefes de família nessas comunidades do que na média do Brasil: 43% dos lares são chefiados por mulheres e 21% por mães solteiras. Em uma  escala de zero a dez, os moradores das comunidades dão nota  5,4 para transporte público, 5,05 para hospital público, 4,28 para segurança pública e 6,17 para escola pública.

Editor Fábio Massalli

Creative Commons - CC BY 3.0

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