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Santuário dos Pajés

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Governo do DF fecha acordo para transferir índios do Noroeste para outra área

Criado em 17/10/14 15h54 e atualizado em 17/10/14 16h06
Por Ivan Richard Edição:Denise Griesinger Fonte:Agência Brasil

Santuário dos Pajés
Santuário dos Pajés (Marcello Casal Jr/ABr)

Um acordo entre índios da etnia Kariri-Xocó e a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) começa a solucionar um impasse sobre a posse de uma área nobre no centro de Brasília, que se arrasta há mais de seis anos. Com a promessa de construção de 16 unidades habitacionais pela Terracap até abril de 2016, os Kariri-Xocó aceitam deixar o local onde vivem, no bairro Noroeste. Outras etnias, como Fulnio-Tapuya Tuxá e Tupinambá, não assinaram o acordo e permanecerão no local, onde está sendo erguido um conjunto de prédios residenciais de alto padrão.

De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), que intermediou a negociação, a área oferecida pela autarquia distrital atende, conforme estudos antropológicos e ambientais, as condições técnicas e os requisitos legais para constituição da reserva indígena.

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Em nota, a Terracap informou que o local para onde serão levados os índios Kariri-Xocó se constituirá na Reserva Indígena Kariri-Xocó do Bananal. O local, uma área de 22,08 hectares - aproximadamente 20 campos de futebol, é de propriedade da própria Terracap e está situada entre o viveiro de mudas da Novacap e o Parque Nacional de Brasília. Ela será doada pela estatal à União e destinada à posse permanente e usufruto dos Kariri-Xocó.

A reportagem da Agência Brasil esteve no local onde os índos dizem ser o “santuário de pajés”. Representantes dos índios disseram que não poderiam comentar o caso por orientação da Funai. Já a Funai negou que tenha orientado os índios a evitar a imprensa. “Quanto à informação de que a Funai teria orientado os indígenas a não dar entrevista, tratam-se de brasileiros com pleno direitos, não tutelados pela Funai desde a Constituição de 1988, portanto livres para exercer suas vontades”, disse a assessoria da autarquia indígena por e-mail.

Desde 2008, parte do setor Noroeste é palco de disputa entre índios e o governo do Distrito Federal. A disputa teve início quando o governo local decidiu licitar a área, localizada numa área nobre da capital do país, para construtoras erguerem um conjunto de prédios de alto padrão. Índios das etnias Fulni-ô, Kariri-Xocó, Korubo, Guajajara, Pankararu e Tuxá reivindicam a permanência na terra, alegando ser uma área tradicional indígena. A Funai não considera o local indicado pelo índios como terra tradicional indígena. 

Editor Denise Griesinger

Creative Commons - CC BY 3.0

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