one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


O mosquito flebótomo, também conhecido como birigui ou mosquito-palha, parasita da leishmaniose.

Imagem:

Compartilhar:

Cientistas da USP usam proteínas para eliminar a leishmaniose

Criado em 12/11/14 11h53
Por Fernanda Cruz Edição:José Romildo Fonte:Agência Brasil

Moquito-palha
O mosquito flebótomo, também conhecido como birigui ou mosquito-palha, parasita da leishmaniose. (James Gathany/Wikimedia Commoons)

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, estudam o uso de proteínas produzidas pelo próprio corpo humano para tratar ou prevenir a leishmaniose. O objetivo da pesquisa, que começou há 6 anos, é desenvolver vacina ou remédio capazes de combater a doença.

Confira também no Portal EBC:

Pesquisadores tentam criar medicamento para Leishmaniose Cutânea

Inpa desenvolve creme para tratamento da leishmaniose

Segundo o pesquisador e biólogo da USP Djalma de Souza Lima Júnior, a descoberta veio quando notou-se que a infecção pelo parasita leishmania induz a produção de certas proteínas nas células. Os cientistas identificaram que algumas delas têm capacidade de controlar a replicação do parasita dentro do organismo humano. “É um processo natural. A leishmania entra na célula e a própria célula tem ferramentas para tentar controlar a replicação”, explica.

A ideia da vacina, segundo ele, é estimular as vias da célula que promovem a imunidade. De acordo com Lima Júnior, não existe vacina para a doença, apenas tratamento. “Mas são drogas muito tóxicas e que não são totalmente eficazes: o parasita continua no organismo”. disse.

A doença é transmitida pela picada do mosquito flebótomo, infectado pela leishmaniose. A pessoa infectada continuará com o parasita no corpo pelo resto da vida. O que os médicos fazem, explica o pesquisador da USP, é apenas tratar os sintomas. Na leishmaniose cutânea, que é o foco do estudo, o paciente apresenta feridas indolores e com bordas elevadas, além de lesões nas mucosas, feridas no nariz, dor de garganta, rouquidão e tosse.

“Algumas [pessoas] conseguem se curar dos sintomas sozinhas. Elas apresentam lesões na pele, o que já foi demonstrado em pesquisas, e essas lesões se curam naturalmente”. Alguns pacientes que passaram por tratamento podem reapresentar os sintomas da leishmaniose ao longo da vida.

A leishmaniose vem sendo registrada no país desde 1909. Segundo o Ministério da Saúde, são notificados cerca de 21 mil casos por ano. A Região Norte apresenta o maior coeficiente, 54,4 casos por 100 mil habitantes, seguida das regiões Centro-Oeste (22,9 casos/10 mil habitantes) e Nordeste (14,2 casos/100 mil habitantes). Segundo o pesquisador, a leishmaniose também está presente em países da América Latina, África e Ásia.

Para chegar à população, a vacina ou remédio desenvolvidos a partir das descobertas ainda precisam de mais estudos e testes, que podem demorar anos. Djalma explica, porém, que os resultados iniciais são animadores. Todo o estudo vem sendo realizado totalmente no Brasil, sem interferência estrangeira

Editor: José Romildo

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário