one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Nos 645 municípios de São Paulo, vivem 41,9 milhões

Imagem:

Compartilhar:

Mercado imobiliário deve continuar crescendo acima dos níveis da economia

Criado em 30/12/12 16h14 e atualizado em 30/12/12 17h00
Por Marli Moreira Edição:Tereza Barbosa Fonte:Agência Brasil

Vista aérea de São Paulo
Previsão é que sejam retomados os lançamentos de apartamentos novos em 5%, taxa maior do que as estimativas dos analistas para o crescimento do PIB (Foto: Maurício Alcântara/Creative Commons)

São Paulo - O mercado imobiliário da cidade de São Paulo deve crescer a ritmo superior ao da economia do país em 2013, segundo projeções feitas à Agência Brasil pelo presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Claudio Bernardes. A previsão é que sejam retomados os lançamentos de apartamentos novos em 5%, taxa maior do que as estimativas dos analistas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma das riquezas geradas no país – que oscilam entre 3,5% e 4%.

O executivo lembrou que o desempenho vinha seguindo o mesmo compasso da economia. “Em 2010, tivemos um boom de lançamentos imobiliários que foi proporcional ao desempenho da economia brasileira, que naquele ano cresceu 7,5%. Em 2011, houve pequena diminuição, também em função de o PIB ter sido um pouco menor. E agora, em 2012, foi o ano da acomodação do mercado”.

Os números do setor neste ano ainda não estão fechados mas, segundo o presidente do Secovi-SP, até novembro as vendas cresceram 9%. Os lançamentos recuaram em 20%, nível que o setor considera abaixo do ideal para uma situação confortável.

Os valores cobrados pelos imóveis ficaram, em média, 7,5% a 8% mais altos, mas Bernardes fez questão de observar que essa correção foi proporcional à evolução inflacionária. “Não acreditamos em alteração nesse modelo”, disse.

Para ele, não existe “bolha” no mercado e os preços estão seguindo a lei da oferta e da procura, amparada pelo acesso ao crédito com prazos mais longos de pagamento e juros menores. “Não existe espaço para queda de preços ou para a subida muito além do que será o desenvolvimento da economia, este é o cenário para 2013”, explicou Bernardes.

Segundo ele, a falta de terrenos disponíveis para novos empreendimentos, bem como as dificuldades na tramitação burocrática, ajudam a encarecer os produtos e criam obstáculos para uma expansão da oferta dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida.

No perfil da clientela prevalece a faixa etária entre 35 e 45 anos, formada por pessoas que estão comprando o seu primeiro imóvel. Muitas dessas pessoas entraram no mercado favorecidos pela melhoria econômica, que permitiu a ascensão da classe C para a B. “O aumento da renda, aliado às condições de financiamento, fez com que tivéssemos um crescimento moderado, mas acima do crescimento do PIB”.

Além desses consumidores, o setor tem sido impulsionado por aqueles que adquirem os imóveis como opção de investimento, admite o executivo. Na opinião dele, essa é uma modalidade mais segura e rentável diante do declínio das remunerações em aplicações financeiras. “Estávamos mal acostumados com a rentabilidade alta no mercado financeiro e [agora] os níveis de juros semelhantes aos do resto do mundo, [deslocaram os investimentos] para o setor produtivo”, explicou.

De acordo com as previsões divulgadas pelo Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), a construção civil brasileira deve encerrar o ano com crescimento em torno de 4%, abaixo de 2011, quando houve alta de 4,8%, mas acima das previsões para o PIB do país, que pode fechar o ano com taxa de 1%. Para 2013, o setor prevê que o ritmo se mantenha ou caia um pouco (3,5%), em sintonia com o desempenho da economia.

Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que até outubro foram concedidos R$ 66,2 bilhões da caderneta de poupança para a construção e compra de imóveis no país.

Edição: Tereza Barbosa

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário